O tempo do poeta é movediço -
jogar para o alto panquecas
e apertar o cadarço do tênis sujo.
Tudo em questão de segundos -
as ondas, o barco virando, a alma fugindo.
Não procuro outro tempo
além das minhas posses momentâneas -
as panquecas queimadas
e os lânguidos braços no chão.
Domingos é uma imagem rural mas ouso dizer: acho do maior efeito poetas que seguram o bezerro que não foge. Mesmo quando diz sumiço, vai das panquecas no ar ao chão até a última estrofe.
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