Sento na tampa do meu oratório
arrumo a coluna, ergo o queixo,
giro o pescoço submarino
postura altiva, confiro
nenhuma lagartixa, levanto
do colo cai um mercado de barato conseguido sem dificuldade
a casta pode, possamos, alcancemos a casta
ainda bradando ao acesso irrestrito, pra que dificuldade?
contra tua vontade só tu mesmo
eu nem tento, confesso minha impotência, sou perdoada
e me mandam rezar dez pai-nossos
sentada, o vaso ora por mim concentrado, dá vontade
arreio as calças, os meus esforços
a coluna ereta, o banheiro em nuvens de fumaça
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirParabéns.
ResponderExcluirEsperava um poema desse seu.
Sua voz, seus olhos.
Brilhante poema.
Sinta-se abraçada,
fortemente.
Domingos,
ResponderExcluirEu é que não esperava um abraço assim tão forte, obrigada. Retribuo.