O presidente Obama fez um discurso sobre a relação da religião, estado e sociedades universais que pode se constituir em dificuldades para alguns, mas é uma abertura imensa para o futuro. Não é um discurso novo pois isso vem desde sempre sendo tratado desde o renascimento, passando pelo iluminismo e chegando nesta civilização capitalista de base republicana e liberal. A seguir partes do discurso:
- “Dada a crescente diversidades das populações dos Estados Unidos, os riscos de sectarismo estão maiores do que nunca. O que quer que nós já tenhamos sido, nós não somos mais uma nação cristã. Pelo menos não somente. Nós somos também uma nação judaica, uma nação muçulmana, uma nação budista, hindu e uma nação de descrentes. E mesmo se tivéssemos apenas cristão entre nós, se expulsássemos todos os não-cristão dos Estados Unidos da América, o cristianismo de quem ensinaríamos em nossas escolas seria o de James Dobson ou de Al Sharpton? Que passagem das escrituras deveriam instruir nossas políticas públicas? Deveríamos escolher o Levítico, que sugere que a escravidão é aceitável? E que comer frutos do mar é uma abominação? Ou poderíamos escolher o Deuteronômio que sugere apedrejar seu filho se desviar da fé? Ou deveríamos ficar apenas com o Sermão da Montanha, uma passagem que é tão radical que é de se duvidar que o nosso próprio Departamento de Defesa sobreviveria a sua aplicação. Então antes que nos empolguemos vamos ler as nossas Bíblias agora. As pessoas não têm lido a bíblia. O que me trará ao segundo ponto. Que a democracia exige que aqueles motivados pela religião traduzam suas preocupações em valores universais ao invés de específicos de uma religião. O que quero dizer com isso? Ela requer que as propostas estejam sujeitas a uma discussão e sejam influenciáveis em razão. Eu posso ser contra o aborto por questões religiosas, para tomar um exemplo, mas se eu pretendo apoiar uma lei proibindo a prática, eu não posso simplesmente recorrer aos ensinamentos de minha igreja ou invocar os ensinamento das minha religião eu tenho que explicar porque o aborto viola algum princípio acessível às pessoas de todas as fés, incluindo aqueles que não têm fé alguma. Agora, isso vai ser difícil para alguns que acreditam na inerrância da bíblia, como muitos evangélicos acreditam, mas em sociedades pluralistas não temos escolha. A política depende de nossas habilidades de persuadir uns aos outros de objetivos comuns com base numa realidade comum. Ela envolve negociação, a arte daquilo que é possível. E em algum nível específico a religião não permite negociar, é a arte do impossível. Se Deus falou então, espera-se que os seguidores vivam de acordo com os éditos de Deus, a despeito das conseqüências. Agora basear a vida de uma pessoa em compromissos tão inegociáveis pode ser sublime, mas basear nossas decisões políticas em tais compromissos seria algo perigoso. E se você duvida disso deixe-me dar um exemplo. Nós todos conhecemos a história de Abraão e Isaac. Abraão foi ordenado por Deus a sacrificar seu filho único. Sem discutir ele leva Isaac pela Montanha acima até o topo, o amarra ao altar. Levanta sua faca, prepara-se para agir por Deus assim o ordenara. Agora nós sabemos que as coisas deram certo. Deus envia um anjo para interceder no último minuto. Abraão passa no teste da devoção a Deus. Mas é justo dizer-se que se qualquer um de nós, ao sair desta igreja, visse Abraão no telhado de um prédio levantando sua faca, nós iríamos, no mínimo, chamar a polícia e agir junto ao departamento de defesa da criança para tirar a guarda de Abraão sobre Isaac. Nós faríamos isso porque não ouviríamos o que Abraão ouvia. Então o que nós podemos fazer é agir de acordo com aquilo que nós vemos. As pessoas estão cansadas de vir fé ser usada como instrumento de ataque."
- “Dada a crescente diversidades das populações dos Estados Unidos, os riscos de sectarismo estão maiores do que nunca. O que quer que nós já tenhamos sido, nós não somos mais uma nação cristã. Pelo menos não somente. Nós somos também uma nação judaica, uma nação muçulmana, uma nação budista, hindu e uma nação de descrentes. E mesmo se tivéssemos apenas cristão entre nós, se expulsássemos todos os não-cristão dos Estados Unidos da América, o cristianismo de quem ensinaríamos em nossas escolas seria o de James Dobson ou de Al Sharpton? Que passagem das escrituras deveriam instruir nossas políticas públicas? Deveríamos escolher o Levítico, que sugere que a escravidão é aceitável? E que comer frutos do mar é uma abominação? Ou poderíamos escolher o Deuteronômio que sugere apedrejar seu filho se desviar da fé? Ou deveríamos ficar apenas com o Sermão da Montanha, uma passagem que é tão radical que é de se duvidar que o nosso próprio Departamento de Defesa sobreviveria a sua aplicação. Então antes que nos empolguemos vamos ler as nossas Bíblias agora. As pessoas não têm lido a bíblia. O que me trará ao segundo ponto. Que a democracia exige que aqueles motivados pela religião traduzam suas preocupações em valores universais ao invés de específicos de uma religião. O que quero dizer com isso? Ela requer que as propostas estejam sujeitas a uma discussão e sejam influenciáveis em razão. Eu posso ser contra o aborto por questões religiosas, para tomar um exemplo, mas se eu pretendo apoiar uma lei proibindo a prática, eu não posso simplesmente recorrer aos ensinamentos de minha igreja ou invocar os ensinamento das minha religião eu tenho que explicar porque o aborto viola algum princípio acessível às pessoas de todas as fés, incluindo aqueles que não têm fé alguma. Agora, isso vai ser difícil para alguns que acreditam na inerrância da bíblia, como muitos evangélicos acreditam, mas em sociedades pluralistas não temos escolha. A política depende de nossas habilidades de persuadir uns aos outros de objetivos comuns com base numa realidade comum. Ela envolve negociação, a arte daquilo que é possível. E em algum nível específico a religião não permite negociar, é a arte do impossível. Se Deus falou então, espera-se que os seguidores vivam de acordo com os éditos de Deus, a despeito das conseqüências. Agora basear a vida de uma pessoa em compromissos tão inegociáveis pode ser sublime, mas basear nossas decisões políticas em tais compromissos seria algo perigoso. E se você duvida disso deixe-me dar um exemplo. Nós todos conhecemos a história de Abraão e Isaac. Abraão foi ordenado por Deus a sacrificar seu filho único. Sem discutir ele leva Isaac pela Montanha acima até o topo, o amarra ao altar. Levanta sua faca, prepara-se para agir por Deus assim o ordenara. Agora nós sabemos que as coisas deram certo. Deus envia um anjo para interceder no último minuto. Abraão passa no teste da devoção a Deus. Mas é justo dizer-se que se qualquer um de nós, ao sair desta igreja, visse Abraão no telhado de um prédio levantando sua faca, nós iríamos, no mínimo, chamar a polícia e agir junto ao departamento de defesa da criança para tirar a guarda de Abraão sobre Isaac. Nós faríamos isso porque não ouviríamos o que Abraão ouvia. Então o que nós podemos fazer é agir de acordo com aquilo que nós vemos. As pessoas estão cansadas de vir fé ser usada como instrumento de ataque."
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