terça-feira, 28 de abril de 2009

Líder da oposição na Venezuela pede asilo político ao Peru

Manuel Rosales diz sofrer 'perseguição' do governo de Hugo Chávez

O líder de oposição venezuelano Manuel Rosales, ex-candidato à Presidência, oficializou pedido de asilo político ao governo peruano nesta terça-feira, alegando que é vítima de perseguição política em seu país.

O advogado de Rosales em Lima, Javier Valle-Riestra, disse que o pedido foi feito ao Ministério das Relações Exteriores do Peru por meio da entrega de documentos que, segundo ele, confirmariam que o governo do presidente Hugo Chávez realiza uma "perseguição permanente a Rosales e a sua família".
O pedido de asilo foi feito logo depois das declarações do ministro do Interior da Venezuela, Tareck El Aissami, de que pedirá à Interpol a captura internacional de Rosales se o oposicionista não se apresentar ao tribunal venezuelano onde enfrenta julgamento sob acusação de corrupção.
De acordo com Javier Valle-Riestra, a captura não será viável porque Rosales já pediu asilo político.
Além de advogado especialista em assuntos internacionais, Valle-Riestra é congressista e um importante líder do partido do presidente do Peru, Alan García.
Acusações
O líder da oposição deveria ter comparecido nesta segunda-feira ao tribunal.
Rosales foi acusado pelo Ministério Público (MP) do Estado de Zulia de enriquecimento ilícito durante sua gestão como governador.
O MP afirma que Rosales não pode comprovar a procedência de US$ 68 mil em sua declaração de patrimônio relativa aos anos de 2002 a 2004.
Os membros da oposição venezuelana dizem que Rosales não cometeu nenhuma irregularidade e que o julgamento é parte de uma "onda de perseguição política" do governo a seus adversários.
O governo, por sua vez, defende a aplicação da lei e o julgamento por corrupção.
Relações diplomáticas
Rosales não era visto em público desde março, quando anunciou estar "refugiado" no interior do Estado de Zulia (oeste do país).
A imprensa peruana, citando fontes diplomáticas, afirma que Rosales entrou no país no domingo, acompanhado da família.
Desde então, abandonou suas funções como prefeito da cidade de Maracaibo, a segunda maior da Venezuela, delegando o cargo a um ex-deputado.
Rosales foi o dirigente que uniu a fragmentada oposição venezuelana nas eleições presidenciais de 2006 e enfrentou o presidente Hugo Chávez nas urnas como candidato de mais de 40 partidos. No entanto, foi derrotado por Chávez, que recebeu 63% dos votos.
O analista internacional peruano Alejandro Deustua teme que esta situação possa afetar as relações diplomáticas entre Peru e Venezuela, frágeis há algum tempo pela série de discussões entre Chávez e Alan García.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/04/090421_rosales2_mm_ac.shtml

Comentário: Acho engraçado como fatos explodem na mídia e por trás dela a todo momento e a maioria dos "pensadores" que nos rodeiam teimam em usar a velha "tática" do goucho marx: Você prefere acreditar em mim ou em seus próprios olhos? rsrsrs

2 comentários:

  1. Começou a acontecer o previsível, o inevitável.
    Toda a oposição a Chávez será banida da Venezuela e o "presidente-perpétuo" tentará se eternizar no cargo através de eleições seguidas como ocorre em Cuba. Hugo Chávez é um ditador perigoso pois é um desequilibrado. E um louco quando chega ao poder piora a loucura.
    Tempos atrás, o senador Tião Viana (PT-AC), declarou: "O Chávez é um louco, ele não tem estatura para ser presidente de uma Nação, de um povo, de uma democracia. Aí confunde o espaço de poder com o espaço de uma ofensa gratuita".

    Chávez está destruindo a Venezuela. Mas aquela nação tem petróleo e enquanto o preço do petróleo estava em alta o maluco fez o que quiz.
    Agora o preço do petróleo caiu. A Venezuela não tem parque industrial. Importa até papel higiênico. É por isso que lá está faltando tudo.
    Vai ser por aí que num dia - não previsível - o povo venezuelano derrubará a ditadura de Chávez.
    Quando a comida começar a faltar...

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  2. É que ( vocês já repararam?) A mídia e as pesquisas só são confiáveis quando se coadunam com nossas idéias.

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