Santana ganhou seu nome pelo dia do nascimento. Como tantos em sua cidade, nasceu em um dia de santo. De santa no caso. Um dia um cangaceiro solitário entrou na rua principal. Quem via aquele homem, barbudo, armado, se enfiava o mais rápido possível em casa. Santana correu até o quarto. Pegou o revólver do seu pai, abriu a janela na hora em que o cangaceiro passava. Ele parou. Olhou pra ela. Pro cano da arma. Riu. E continuou com suas passadas lentas. Santana continuou com a arma apontada pras suas costas, mas não atirou. Desde aquele dia, ela virou uma lenda. Perguntavam: - porque você não atirou no cangaceiro? E ela respondia: - porque ele riu.
Riu e aquele riso poderia ser uma desfeita, um menosprezo com quem apontava a arma e, sendo mulher, não seria capaz do tiro. Eis o perigo, ninguém faz desfeita com quem lhe aponta uma arma. Mas no entanto Santana entendeu o riso como outra coisa, como apenas um riso e o riso de natureza metafísica, além dos códigos da guerra do cangaço.
ResponderExcluireis o riso então:
ResponderExcluirdesde...
calando armas
transformando nãos em sims.
(vale plural na reforma dos tremas?)
grande josé.
hasta siempre.
Diga aí The Lupas, eu andava meio sumido do blog, mas você tava sumido por inteiro. Quem bom ler você novamente cara.
ResponderExcluirabraços, irmão e no front sempre
grande lobo irmão
ResponderExcluirum abraço cumpadre.
dei um tempo de postar, mas continuo lendo. é que de uns tempos pra cá... santos demais, santas demais, revista veja demais, TFP demais. prefiro uma guerra mais suja: poemas, cinema (ducaralho o seu texto)e coisas que me façam "mais grande". hasta siempre.