AÇUDE.
As margens da penitência
o gado
curva-se diante da morte
contemplativa de sede.
wilson bernardo
A DIVINDADE DAS PARÁBOLAS.
Peixe de rio desemboque
convida peixe do mar
para ele provar o quanto
é doce
o sal que salga as águas do mar.
Wilson Bernardo(poemas & foto)
Wilberna,
ResponderExcluirBelo poema, bela fotografia. Açudes e divindades são pratos cheios de vida.
Salute poeteiro, como Geraldo Urano já dizia.
Bernardo: esta quadra do açude só em poema poderia revelar-se. De outra formas laudas e laudas talvez caissem na generalidade que nada mais revela do açude. Aliás da contemplativa sede da morte ou da penitência que a vida se curva, ambos na mesma cena, numa liturgia perfeitamente compreensível e complementar.
ResponderExcluirZé do vale do cariri, sensibilidade é como boca de peixe
ResponderExcluirQue se deixa em seduções e fisga ele na verdade a grande inutilidade humana
Que é o ato de pescar, ao invés de nadar como tais e perceber que morrer
Afogada é exclusividade humana.
Um abraço poético para ti e tu grande rafa boca de fel...