quarta-feira, 20 de maio de 2009



AÇUDE.
As margens da penitência
o gado
curva-se diante da morte
contemplativa de sede.

wilson bernardo


A DIVINDADE DAS PARÁBOLAS.
Peixe de rio desemboque
convida peixe do mar
para ele provar o quanto
é doce
o sal que salga as águas do mar.

Wilson Bernardo(poemas & foto)

3 comentários:

  1. Wilberna,

    Belo poema, bela fotografia. Açudes e divindades são pratos cheios de vida.

    Salute poeteiro, como Geraldo Urano já dizia.

    ResponderExcluir
  2. Bernardo: esta quadra do açude só em poema poderia revelar-se. De outra formas laudas e laudas talvez caissem na generalidade que nada mais revela do açude. Aliás da contemplativa sede da morte ou da penitência que a vida se curva, ambos na mesma cena, numa liturgia perfeitamente compreensível e complementar.

    ResponderExcluir
  3. Zé do vale do cariri, sensibilidade é como boca de peixe
    Que se deixa em seduções e fisga ele na verdade a grande inutilidade humana
    Que é o ato de pescar, ao invés de nadar como tais e perceber que morrer
    Afogada é exclusividade humana.
    Um abraço poético para ti e tu grande rafa boca de fel...

    ResponderExcluir