"Os espelhos estão cheios de gente.
Os invisíveis nos vêem.
Os esquecidos nos lembram.
Quando nos vemos, os vemos?
Quando nos vamos, se vão?
Renascem os mortos, os anônimos têm nome:
os que ergueram os palácios e os templos de seus senhores;
as mulheres, ignoradas pelos que ignoram o que temem;
o sul e o oriente do mundo, desprezados
pelos que desprezam o que ignoram;
os vários mundos que o mundo tem e oculta;
os que pensam e os que sentem;
os curiosos, condenados por perguntar, os rebeldes
e os perdedores, os loucos lindos que foram e são
o sal da terra."
P.S. : Este texto é uma chamada para o livro Espelhos: uma história quase universal, de Eduardo Galeano, que está no site da Siglo XXI Editores. O autor? Sei lá. Não resisti à tentação de postá-lo aqui.
Desculpe eu não tinha visto o pós-escrito, mas continua valendo o sentido geral das coisas.
ResponderExcluirChagas: meti-me em confusão. Fiz um comentário no poema anterior e ao retornar para a página principal terminei por me encontrar no final desta postagem. E aí vi o pós-escrito, o comentário está válido na postagem correta.
ResponderExcluirCaro José,
ResponderExcluirQuando vi esse texto, pensei, como eu gostaria de tê-lo escrito. Mas não custa nada compartilhá-lo com outras pessoas. O autor, seja lá quem for, não se incomodaria (será?) em saber que alguém furtou suas palavras, não para manter-lhes a posse, mas para compartilhar a beleza que elas têm.