Nos olhos algo se perdeu
luz de lilás tão longe
vai longe
que não sei se a esqueço
Será ela ou eu?
(Que música é essa?)
Vai longe
tão longe quanto o longe é
Quis voltar
não ver o lado quente
desse fio de calçada em frente
que se estira entre a face
e o nada diluído na cidade
(Quem é esse cara?)
Um dia assim é só saudade
Com muita tristeza
o dia em desgaste supõe-se um sonho
(Que música é essa?)
(Lush Life!)
O dia em sintonia com a insensatez
vem de longe muito longe
ou sou eu tristonho?
(Quem é esse cara?)
(Chet Baker!)
Um louco nas ruas esse dia
em pé de guerra com a vida
sempre depressa depressa
é demais...
Chagas só vou dizer o que direi pois sei que uma longa estrada se abre diante de tuas estrofes. Vou dizer: este foi o melhor que li deste universo que sai de ti e flui em letras sobre este blog.
ResponderExcluirJosé, nessa "confusão", imagino que seu comentário se refere ao outro texto. Mas valeu por ter lido esse. É sempre um privilégio ser lido por pessoas como você e todo o pessoal do blog.
ResponderExcluirAbraço.
Não Chagas, o comentário é sobre este mesmo. abraços
ResponderExcluirEscuta, José, nunca passou pela minha cabeça que alguém diria o que você disse a respeito desse poema.
ResponderExcluirO grande barato da escrita é isso: tocar em alguém. A gente sempre imagina que alguém entrará na sintonia que usamos para escrever. É claro que isso nem sempre aconte. Mas fica sempre a esperança de que aconteça. O leitor que vê e sente da perspectiva do autor, essa é a busca. E depende muito do acaso.
Abraço.