Pelo que viver adiante
trarei apenas uma mente suspeita
e uma alma omissa por entre fendas.
O meu lar é o corpo.
Consigo suspeitar dos vermes
perambulando pelo meu ventre.
Esperam o dia final -
quando a mente adormece
e a alma contra sua vontade
desperta-se da mendicância.
A chuva, o sol, as manchas nas paredes,
os fungos, a desordem - meus olhos enxergam.
Imagino então o que meus olhos não veem -
o esgoto do banheiro e as baratas festivas.
Minhas costas doem.
Mas o que seria dos ombros
sem a curvatura da medula.
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