quinta-feira, 21 de maio de 2009

A ORDEM NATURAL DOS ERROS: POR QUE BUSCAMOS NO FIM AQUILO QUE ESTÁ NO PRINCÍPIO?

O dinheiro é feito para ser colocado no banco. O lixo é feito para ser colocado na lixeira. O Amor foi feito para ser colocado no (chakra do) “coração”. Agora, podemos imaginar a seguinte desordem natural dos erros sociais comuns: o lixo colocado no (chakra do) coração; o dinheiro colocado na lixeira e; o Amor colocado no banco. A interpretação que podemos fazer desse contexto invertido nos permite compreender o atual caos social de um mundo desordenado, confuso e paradoxal. O lixo colocado no coração implica a poluição dos valores humanos e dos modelos decadentes da vida; o dinheiro colocado na lixeira implica o desperdício de verbas e consequentemente do mal uso dos recursos naturais; o amor colocado no banco implica a idolatria ao dinheiro e o fetiche da mercadoria.
A ordem natural dos erros faz com que cada coisa gire fora do seu eixo e fique fora de seu devido lugar. Ama-se o que não se deve sentir; compra-se o que não se deve vender e; guarda-se o que não se deve prestar para mais nada. As conseqüências dessa desordem natural das coisas podem ser percebidas pelo acúmulo de lixo no (chakra do) coração; pelo montante de riqueza desperdiçada na produção e aquisição de futilidades sociais; pelo desejo e apego obsessivo às coisas materiais efêmeras. Um mundo assim está em desequilibrio, ou seja, está efetivamente doente. A organização social desse mundo implica uma reformulação – em si mesmo! - da práxis natural dos valores humanos. Faz-se necessário valorizar cada coisa de acordo com sua especificidade: o lixo é para ser jogado fora na lixeira, o Amor é para ser guardado no (chakra do) coração, e o dinheiro é para ser empregado com sabedoria da liberdade e da igualdade de oportunidades, ou seja, que ele sirva para fluir igualmente com justica pelo banco, pelo bolso dos pobres e pela conta bancária honesta de qualquer cidadão.
As leis que regulam a ordem natural dos erros prioriza a produção daquilo que não é essencial para a humanidade; orienta a vida utilitária num tempo socialmente desnecessário; massifica a confusão dos valores (sub)humanos. Essas leis produzidas num ambiente desestruturado produzem seqüelas sociais imensas, tais como o aumento da violência e o sucateamento do sistema penitenciário e das vidas humanas inseridas nele, crescimento da angústia, fortalecimento da corrupção e petrificação da sensibilidade humana.
A ordem natural dos erros é implacavelmente imperfeita. Por onde essa ordem passa produz suas inevitáveis distorções e graves erros em desordem constante: exclusão social, educação super-racionalizada, violência generalizada, poder desgovernado, ganância planejada e globalizada, vida desqualificada e amor desvirtuado. O homem inserido num mundo governado por tais leis implacáveis sofrerá terrivelmente. O reconhecimento do valor desse homem será feito pelo poder do sucesso apenas material e utilitário. A verdade desse homem será ditada pelo mercado dos discursos ideológicos oportunistas, ou seja, somente terá voz aquele que servir ao mercado “lite-antenário” (internet, jornal, televisão ou rádio). A felicidade desse homem será normatizada pela compra de produtos de luxo (p.ex.: mega-carro, mega-computador do ano, mega-casa, mega-fazenda etc) sem os quais se sentirá vazio, inferior e isolado (excluído) no interior de uma imensa multidão na base da pirâmide social. O deus desse homem será aquele que perdoa o freqüente acúmulo da ganância humana, porque assim poderá sempre justificar a sua “ fé “, mas ao mesmo tempo condena o miserável à morte, ao sofrimento e ao esquecimento. A justiça desse homem será aquela ditada pelas normas do contrato social do capital e da interpretação comprada ou alugada por esse mesmo capital (e assim a maioria que não tiver dinheiro terá uma grande probabilidade de ser presa e uma minoria com capital terá tambem uma grande probabilidade de ser libertada – tudo justamente previsto por um bom advogado super-capitalista!). Assim, quem tiver sensibilidade num mundo de “cegos” nunca se tornará rei de fato. Isto porque esses “cegos” nunca poderão perceber e aceitar a orientação e poder do caminho ético daquele ser que desenvolveu a sua própria sensibilidade.
A vida natural tem suas próprias leis. E as leis naturais governam a vida social daqueles que se permitiram sintonizar com as Leis Cósmicas. Albert Einstein chegou afirmar que “ouvia” uma Inteligência da Natureza Cósmica. Quantos ouvem em si mesmo essa Inteligência da Natureza? Quantos estão poluindo seus corações com valores e modelos daninhos? Quantos estão escravos de uma produção social que somente beneficia 1/3 da humanidade? Quantos ensinam a mesmice do poder de realização contratual capitalista? Quantos decidiram servir de fato à humanidade (e não apenas à corporação a qual pertence!) em troca de nada (ou de sua própria vida)? Quantos amam e são felizes de verdade? Quantos acordaram para si mesmos? Quantos saíram de suas cavernas de ilusões materiais e sucessos enganosos? Quantos conseguem enxergar com os olhos da sensibilidade fina ou sutil? E quantos estão cegos pela intensa luz da racionalidade instrumental excessiva e pelo valor contratual das relações capitalistas?
Um cientista (Paracelso?) chegou afirmar: “ Não é a substância que mata, mas a dose [de poluição ou desordem natural]”. Urge que os homens não pensem tanto, mas sintam – em si mesmo! – mais e melhor a ordem natural dos erros agindo em suas mentes e (chakras dos) corações. A vida deveria ser bela, mas nos extraviamos porque não nos esforçamos adequadamente para produzir a ordem natural dos acertos que chamamos de CARÁTER, INTUIÇÃO, SENSIBILIDADE E AMOR. Na vida não existe acaso! O acaso (tal como o desespero) é a percepção de uma vida desequilibrada e desordenada. Vida essa limitada e desviada pela ordem natural dos erros ou pela desordem natural dos acertos. Mudar implica inverter a ordem vigente pela Desordem latente ou a desordem vigente pela Ordem latente. Cada um de nós é responsável pela ordem e desordem das coisas a nossa volta. Ninguém está isento dessa responsabilidade. Ninguém vive isolado e neutro. O caos e a ordem caminham lado a lado, assim como o poder de Deus-da-Ordem caminha ao lado (metafisicamente falando) do poder humano-da-desordem.
Assim, como afirmou Pascal “para se amar as coisas da terra precisamos conhecê-las: para se conhecer as coisas do Céu precisamos amá-las”, da mesma forma, para se amar a ordem na terra precisamos conhecer as causas de sua desordem; para se trazer o conhecimento da “Desordem” do Céu precisamos Amar a sua Ordem”. Esse paradoxo foi muito bem expresso por Jesus Cristo quando afirmou: “Eu vim para trazer luz aos cegos e cegar os que estão vendo”. E Ele completou os seus ensinamentos paradoxais afirmando: “Vim para trazer a espada, a divisão e a guerra” e “Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei”. “Existe um caminho que parece correto, mas que nos leva à morte” (Bíblia Sagrada). Disse paradoxalmente Jesus: “Por que buscam no fim aquilo que está no princípio?”. Buda chamou de Maya a nossa construção da realidade objetiva. Bertrand Russel denominou esse modo racional e extremamente limitado de construir a realidade de “Realismo ingênuo”. Vejamos o que diz Bertrand Russell (apud EINSTEIN, COMO VEJO O MUNDO, 1981):
"Começamos todos com o realismo ingênuo, quer dizer, com a doutrina de que os objetos são assim como parecem ser. Admitimos que a erva é verde, que a neve é fria e que as pedras são duras. Mas a física nos assegura que o verde das ervas, o frio da neve e a dureza das pedras não são o mesmo verde, o mesmo frio e a mesma dureza que conhecemos por experiência, mas algo totalmente diferente. O observador que pretende observar uma pedra, na realidade observa, se quisermos acreditar na física, as impressões das pedras sobre ele próprio. Por isto a ciência parece estar em contradição consigo mesma; quando se considera extremamente objetiva, mergulha contra a vontade na subjetividade. O realismo ingênuo conduz à física, e a física mostra, por seu lado, que este realismo ingênuo, na medida em que é conseqüente, é falso. Logicamente falso, portanto falso" (p.46).

Um cientista japonês descobriu recentemente (FONTE: ler o livro e ver o filme QUEM SOMOS NÓS?) que o pensamento é energia pura emitida por cada um de nós, consciente ou inconscientemente,e que é capaz de criar desordem na estrutura molecular da água. Ele fez experiências em laboratório! Logo, podemos inferir se o pensamento e o sentimento humano tem esse poder fantástico eles podem modificar a vida a nossa volta de forma radical de acordo com a intensidade e permanência da emissão que cada um faz com suas energias sutis e metafísicas. Podemos criar uma nova ordem DE PAZ E FELICIDADE ou manter a ordem vigente de CAOS E CONFUSÃO.
Cabe ao homem MODERNO desfazer e ordenar corretamente a própria percepção de si e do mundo (vencer suas limitações internas de sua consciência) para trazer a Ordem Correta em si e consequentemente ao mundo. O desafio de todos NÓS é entender o paradoxo da necessidade da permanente mudança em si mesmo. Heráclito há milhares de anos já havia percebido e profetizado sobre esse epifenômeno humano! Ainda não percebemos o desvio natural dos erros. Por isso, "PAI, ELES NÃO SABEM O QUE FAZEM!" - autor bastante conhecido de todos nós.

Por isso, escuto numa rádio aqui em Madureira-RJ UMA MÚSICA (pagode) QUE TOCA E A SUA LETRA DIZ - AGORA! - assim: "Todo mundo erra. E todo mundo vai errar1"

OBS>; AOS CATADORES DE ERROS ORTOGRÁFICOS (que catam pulgas e esquecem de ver o contexto como um todo - O ELEFANTE principal é ignorado) DESSE BLOG: OS ERROS DE ACENTO NÃO SÃO MEUS MAS DO EDITOR DE TEXTO QUE ESTOU UTILIZANDO AQUI E AGORA. Obrigado!
Bernardo Melgaco da Silva – E-mail: bernardomelga10@hotmail.com

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