quarta-feira, 17 de junho de 2009

"Depois"

Depois que você saiu, as coisas permaneceram
êmulas do deserto mais estéril dos desertos,
o Saara é pouco, digamos, indiferença na cumeeira da torre azulada

Nas ruas semearam os pobres
as ruas, paraíso de noite para os que têm o dia como abrigo
e artimanhas contra os olhos adornados de perfídia

Os senhores dos olhos lambem os fios de seus cabelos
tiraram férias os que enxergavam o lado desolado da paisagem
certamente com os bolsos cheios
confluência das consciências para a porta do banco

“Esqueçam minha palavras”, ele disse

Cara, você não acredita! depois que você saiu colocaram tons pastéis
nas paredes, mas os tijolos são os mesmos
dura contraposição a nossos passos rumo à cerca de cristal

Filas famélicas, uma musiquinha do caralho!
não cobram nada por isso, não dão mais do que isso

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