Ontem foi o aniversário do poeta-irmão Geraldo Urano. Fui com Salatiel visitá-lo. Salatiel o presenteou com um crucifixo. Eu, com um cd narrando os milagres de Nossa Senhora de Fátima. Sua irmã, Fátima, por sinal, minha primeira professora, nos recebeu muito bem. Serviu-nos cerveja com creme de galinha. Geraldo tomou um guaraná e fumou trocentos cigarros. A conversa foi animada, onde muita coisa foi lembrada. Fátima nos contou que Geraldo saiu de casa com pouco mais de dezoito anos. Foi rodar o país e não mandou nenhuma notícia. Seu Joaquim, pai de Geraldo, por conta disso, mudou-se com a esposa, dona Erice e a filha mais nova, Cláudia, para Salvador, Bahia, onde montou um verdadeiro QG para reencontrar o filho pródigo. Conseguiu. Enviou, via Banco do Brasil, uma ordem de pagamento para Geraldo. Geraldo foi à agência onde estava o dinheiro. O gerente exigiu documentação para entregar o dinheiro. Geraldo não tinha. Enquanto o gerente bombardeava Geraldo com perguntas (nome do pai, da mãe, das irmãs, data de nascimento, cidade onde nasceu etc), um senhor, fazendeiro renomado da região, escutava toda a história. Como o gerente estava renitente em não repassar o dinheiro para Geraldo, este senhor interferiu e disse que assumiria o prejuízo se Geraldo não fosse Geraldo. Ele disse que não havia dúvida de que Geraldo era Geraldo.
O gerente pagou e Geraldo retornou à casa paterna.
Ai, que inveja !
ResponderExcluirDeveria ter ido tbém.Minha irmã Zélia faz aniversário no mesmo dia de Geraldo.Não é desculpa , mas é motivo para adiar a visita.
Pela falta de ontem , um grande abraço pra vc, Salatiel e Geraldo.
Querida amiga Socorro,
ResponderExcluirVocê não estava lá naquele momento, mas era como se tivesse. Falamos muito sobre você.
Abraço e bom final de semana.
Rafael e Salatiel se rimam é que no mundo encontram a pontes que nos ligam. Parabéns cratenses. Tenho muito orgulho de também ser.
ResponderExcluirZé do Vale do Cariri e do Crato (já tá virando chavão tratá-lo desta forma, mas tudo bem),
ResponderExcluirVocê que é poeta também, sabe do valor que um poeta tem. E Geraldo Urano, assino embaixo, é um poeta especial por ser poeta em tempo integral. Reencontrá-lo é uma dádiva, uma bênção, que merece ser partilhada com os outros poetas...
P.S.: Sobre chavão envolvendo o nome de pessoas, lembrei de outro poeta, cearense, Ledo Ivo, que reclamou do trocadilho (infame, por sinal) que lhe envolvia: ledo engano... (esse é terrível, não?)