dos lábios um sopro de bálsamos o dia amanhece, os olhos margeiam um instante de felicidade escutam o mar com sua língua na areia e o sabor de pequenas pedras na sola dos pés
Escuta, caro José. Até hoje não aprendi como esta cidade é.
Se é dura, com seus muros me colocando em apuros ou se sou eu que sou mole achando que ela me engole Não sei dizer com certeza. Será isso uma fraqueza?
Como as línguas do mar e o sabor do pedregulho... Quem me dera ter o orgulho de viver sem reclamar.
Mas sendo eu lá do Crato, Não que eu seja um ingrato, Como poderia ser ver São Paulo escurecer
Um sujeito que sorria, que sem carta de alforria permanece agrilhoado, um louco por todo lado.
Um coração de revolta, sem ter caminho de volta Bem no centro da cidade não suporta a falsidade,
a essência dessas ruas bem muito longe das suas, como a rua André Cartaxo onde sempre eu me acho
Momentos de felicidade
ResponderExcluirPlenos, puros
E aí vem o verso
E a arte imita a vida
Mas a vida engana a arte
ResponderExcluirno sonho com quem converso
eu louco por toda parte
cercado pelos mil muros
que compõem esta cidade
Não Chagas é que, apesar das muralhas, somo como as línguas de mar na areia. E com o sabor do pedregulho na planta do pé.
ResponderExcluirEscuta, caro José.
ResponderExcluirAté hoje não aprendi
como esta cidade é.
Se é dura, com seus muros
me colocando em apuros
ou se sou eu que sou mole
achando que ela me engole
Não sei dizer com certeza.
Será isso uma fraqueza?
Como as línguas do mar
e o sabor do pedregulho...
Quem me dera ter o orgulho
de viver sem reclamar.
Mas sendo eu lá do Crato,
Não que eu seja um ingrato,
Como poderia ser
ver São Paulo escurecer
Um sujeito que sorria,
que sem carta de alforria
permanece agrilhoado,
um louco por todo lado.
Um coração de revolta,
sem ter caminho de volta
Bem no centro da cidade
não suporta a falsidade,
a essência dessas ruas
bem muito longe das suas,
como a rua André Cartaxo
onde sempre eu me acho
em plena imaginação.
Um abraço.
Mas a cidade tem seus muros
ResponderExcluirE também tem um rio
Que já foi cristalino e hoje é sujo
Porque falta políticas públicas
Ou por que faltam homens puros?
A cidade tem um parque
E tem um pouco de arte
Mas falta quem faça a parte
necessária para que não seja tarde
E é tarde e não tem mais tempo
Nem pra mais um sorvete na Cinelândia
Nem pra mais um momento que seja
Pra no Bar de Alagoano
Tomar uma cerveja