quarta-feira, 24 de junho de 2009

A Lupin, com carinho (pela sua última postagem)

VACAS



O sutiã, desfaçatez

Embaixo celebra um mistério

Encobre o que é belo

E o que não é belo

Porque não é belo.

Um meia-taça rendado

Da cor do vinho fino

Na região dos exportados

Exportadores enchem a mão

De seios fartos

Celebram o belo

Ora, o que não é

Amamentar a infância

O leite da falta

De intolerância

Vacas magras

Na estiagem

E Dom silicone

E sua bio-maquiagem

A aumentar a beleza

Ciência da calamidade

Ora, o que não é

Esperar o acesso

Ao leite que pinga

No chão aguado

Desespero de umas

O sertão irrigado

Enchê-las todas

De pão e trabalho

Encheu as tetas

De algumas

Na redondeza

A seio-ciência

E a impaciência

Umas palavras

2 comentários:

  1. Não disse que concordo com a frase do seu post...embora ela alerte e até lisongeie poetas catedráticos.

    Poesia promove os imbecilizados na medida em que se torna acessível, que deve ser uma meta do Minc, inclusive.

    Se porta fechada, Lupin, excentricidade é o luxo da crítica.
    O grande poeta sim, consegue fazer as duas coisas.

    Um abraço

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  2. jalupin@gmail.com26 junho, 2009 21:29

    Bom,fiquei lisonjeado por ter me citado e principalmente por ler atentamente os meus cartuns.A gente(inteligente)não é obrigada a concordar com tudo que lê.Faz parte do jogo democrático discordar.Importante é estar atento.É isso amiga.

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