"Não há nada que traga mais religiosidade ao homem, e até às pedras, do que o medo da Morte ou a proximidade do fim. A morte tem o dom de transformar lobos em cordeiros e demônios em santos. Não pelas suas virtudes, mas pelo velho e simples terror de perder-se."
DM
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Concordo integralmente com o pensamento. Alguns depois de passado o risco de morte esquecem o surto religioso, outros viram pastores de alguma dessas milhares de igrejas novas. Não me excluo da possiblidade de repetir tal comportamento. Talvez viver para alguns é conviver permanentemente com o medo da morte
ResponderExcluirSim, e é por isso que há tantas igrejas, denominações e planos de venda pós-morte. Tantas ideologias, tantos Ismos e Kismos. tantas guerras. As maiores guerras da humanidade foram feitas por causa de religião. Alguém sugeriu que se extirpassem a religião da humanidade, acabariam quase todas as guerras.
ResponderExcluirA Indústria do Pós-Morte é a maior indústria que existe, porque ela se baseia no primeiro medo de todo ser vivente. O medo de perder o corpo e a consciência.
As religiões exploram o Medo!
Só o sexo deve vir em segundo lugar na escala das preocupações, como valor positivo ( em certo sentido filosófico ), de perpetuação da espécie, e portanto de perpetuação da vida.
Assim, os hedonistas já achavam que deve-se viver o momento com toda a plenitude.
Os espiritualistas preferem guardar-se da vida atual, a fim de viverem-na após a morte ???
Vivam a vida plena no paraíso! E paguem agora com seu MASTERCARD.
DM
Rssss...O Sr. pensa que é fácil envelhecer?
ResponderExcluirEu por exemplo, já virei Católico Apostólico Romano, umas vinte vezes...rsss
...FERVOROSO!!!!
ResponderExcluirCesar Augusto no bom estilo do repente. Lembrou aquela piada: deixar de fumar é fácil, já deixei umas vinte vezes....
ResponderExcluirCesar...os que irão morrer te saúdam!
ResponderExcluirQuero envelhecer da maneira mais pura, isenta de morte, quanto possível. Admitindo que todos podem ter razões, e que a verdade é como um pássaro que habita muitas árvores. Que há um ser supremo que eu não compreendo, porque não tenho inteligência para tal. Que julguei ter amigos que eram apenas fantasmas, e criei na minha imaginação exércitos de inimigos que nunca fizeram-me qualquer mal.
Que posso acrescentar ainda? volto ao pó de que eu um dia fui feito. Mas como foi boa e bela a minha estada! Que poderia eu ainda querer após a minha morte ? Serei tão arrogante que não sendo nada, tornaram-me gente, e hoje eu desejaria viver pelas portas da eternidade adentro?
Não! Amei, sorri, vivi, lutei, perdi, venci. Aprendi que quando estamos mais convictos de algo é quase sempre aonde estamos absolutamente equivocados. Por isso talvez não precisássemos dizer algo sobre a vida. Nem questioná-la, talvez, pois ao expressarmos algo, sempre estamos a mentir sobre nós mesmos. Somos eternos mentirosos em relação à vida.
Desejei apenas olhar a folhagem em volta exuberante. Ouvir o canto de um pássaro. Sentir o calor da pele de outro ser humano. Aí está a vida !?
O resto, não passa de vaidade debaixo do céu.
Abraços,
Dihelson Mendonça