terça-feira, 4 de agosto de 2009

Iniciado III Agosto da Arte


III Agosto da Arte do Centro Cultural do Banco do Nordeste na sua terceira edição deixar muitos questionamentos para os artistas contemporâneos do Cariri. 01 de agosto a 12 de setembro de 2009 (foto: Intervençao Urbana realizada no II Agosto da Arte por Mônica Batista e Alexandre Lucas)

O Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBNB), dentro da sua programação de Artes Visuais, realiza anualmente no mês de agosto, o evento especial III BNB AGOSTO DA ARTE nos CCBNBs-Fortaleza, Cariri e Sousa.
Com uma ampla programação, O III BNB AGOSTO DA ARTE afirma o compromisso cultural de contribuir no fomento à reflexão de temas relevantes da arte contemporânea, além de estimular o diálogo entre artistas, pesquisadores e a sociedade, criando um fértil fórum de debates.
O objetivo do AGOSTO DA ARTE é criar um ambiente propício para o fomento da produção local, aliado ao desejo de ver a arte como "o exercício experimental da liberdade".
São proposições de ações focadas no processo artístico que possibilitem a interação entre artistas de outras regiões e a formação do artista local através de ações diretas e indiretas, colocando assim a produção local em discussão, numa troca de experiências com curadores e artistas visitantes.
O Agosto da Arte se constitui em uma importante ação do CCBNB para a atualização do debate e a criação do espaço necessário para deflagrar o potencial poético de cada subjetividade. Com ações deste porte, o CCBNB se coloca com o desafio de atuar para uma mudança efetiva da plena realização da Arte que se produz na região Nordeste do Brasil.
Para a edição 2009, o III BNB Agosto da Arte contemplará uma série de eventos nos diversos segmentos das artes visuais: intervenções urbanas, exposições, performances, cursos, oficinas, intercâmbio entre artistas e seminário avançado de arte.

CCBNB-Fortaleza
SEMINÁRIO AVANÇADO DE ARTE
Percepções Contemporâneas da Cidade
1º dia : Arte Pública - Um Novo Mapa Simbólico da Cidade (Terça, 04 de agosto, das 8h30 às 19h30). Apresentador: Paulo Knauss (RJ) (Professor do Departamento de História da Universidade Federal Fluminense (UFF), onde integra o grupo de pesquisa do Laboratório de História Oral e Imagem. Diretor-Geral do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro. No campo da pesquisa, trata das relações entre Arte e Patrimônio, Memória e História. A escultura pública no Brasil é objeto da maior parte de seus trabalhos publicados, entre eles o livro sob sua coordenação "Cidade vaidosa: imagens urbanas do Rio de Janeiro").
O trabalho pretende discutir os sentidos da arte pública na atualidade, identificando os rumos da escultura contemporânea e do grafite urbano. Inicialmente, pretende-se demonstrar que a arte pública marca as cidades contemporâneas no Brasil. Em seguida, trata-se de apontar como o campo da arte pública contemporânea é marcado pela diversidade de expressões, caracterizando-se como um universo plural. Nesse sentido, no campo da escultura é possível reconhecer diversas soluções contemporâneas, variando entre soluções coloquiais e abstratas. Há também as manifestações de arte comunitária, além do grafite e da pichação, que chamam atenção nas cidades. Desse modo, a arte pública vem ocupando espaços diversificados da cidade, propondo um novo mapa simbólico da cidade. Ao final, trata-se de apontar como a arte pública na atualidade propõe percepções contemporâneas da cidade que valorizem olhares íntimos para descobrir a vida urbana.

O Corpo Ubíquo: da Presença do Corpo na Arte Atual (Terça, 04 de agosto, das 19h30 às 20h30)Apresentador: Wellington Jr. (Integrante do grupo Balbucio - CE). Mesmo não sendo possível pensar qualquer fenômeno estético prescindindo da presença de um corpo - a arte trata-se sempre de um processo semiótico e, portanto, de uma consciência afetada, seja no polo da emissão ou da recepção -, é necessário averiguar o novo lugar do corpo (tema, suporte, matéria...) nas artes a partir das transformações ocorridas, desde o final do século XIX, nos mais diversos campos da vida humana, seja na ciência (medicina, psicanálise, antropologia), na filosofia, mas especialmente no que tange às novas sensibilidades aí implicadas. Neste sentido, o desenvolvimento da performance no campo da arte durante todo o século XX e seu recrudescimento na prímeira década deste século mostram-se como o objeto natural de uma leitura crítico-analítica da presença do corpo na arte atual.

2º dia: Novas Estruturas para Criadores Emergentes (Quarta, 05 de agosto , das 18h30 às 19h30). Apresentador: Casa da Xiclet Galeria - SP). São Paulo se identifica hoje como o principal circuito das artes no Brasil. A cidade comporta grandes exposições nacionais e internacionais, além de sediar as maiores e melhores Galerias do País. Contudo, estes circuitos culturais e as estruturas disponíveis estão, ainda, longe de conseguir dar uma resposta totalmente eficaz aos elevados níveis de produção criativa que emergem. Em larga medida, esta realidade deve-se à excessiva dependência do suporte financeiro estatal e à quase inexistência de um sistema de patrocínios. Decorre desta constatação a necessidade de conceber uma nova bolsa de ar fresco, ao nível de investimento, que renove a realidade da criação contemporânea brasileira. As soluções para este problema podem passar pela concepção de novos modelos e novas estruturas capazes de estabelecer desafios inovadores e contribuir para uma maior profissionalização dos criadores emergentes, que se confrontam com a falta de espaços expositivos.

CASA DA XICLET: A Casa da Xiclet há quase oito anos se assume como agente cultural ativo e independente, cujo objetivo é contribuir para sanar a óbvia carência de espaços expositivos para criadores emergentes. A intenção é fornecer alternativas de difusão, contribuindo para a formação de uma nova geração de artistas, atuando também como uma espécie de laboratório.

Possibilidades Poéticas de Atuação : Quarta, 05 de agosto, das 19h30 às 20h30). Apresentador: O Acidum (CE). Na estética errática dos ambientes reconhecidos como "Metrópoles", surgem as pesquisas com pinturas murais, desenho, design, vídeo e sons, que se alimentam das manifestações e codificações tanto gráficas como relacionadas às massas. Em tentativas de subverter a suposta beleza midiática, estratégias da arte de rua - como grafite, cartazes e stickers - são apropriadas, recodificando a poluição visual e informativa gerada dos resultados dessas relações.
O Acidum baseia fundamentalmente seu fazer artístico em estruturas acessíveis ou inabitadas, subvertendo as noções de espaços reconhecidos como áreas estéreis, tanto no âmbito museológico como no baldio. Nestes espaços, o Grupo tenciona alcançar possibilidades poéticas de atuação, seja pela arquitetura, seja explorando o próprio peso simbólico que tais lugares carregam em seus campos de visualização e trânsito, e criando microuniversos que exercitam uma intrínseca relação entre obra-espaço-observador.
Nestes processos, constrói-se um trabalho que busca, de pura consciência, manipular as características simbólicas e representativas que as técnicas utilizadas carregam em si.
Assim, o grupo Acidum, entre um repertório de seres absurdos, desenvolve jogos referenciais, propagandas insanas, lendas urbanas, grafias desordenadas e cenários entorpecedores, desdobrados a partir de um processo ritual de criação e produção.
O ACIDUM : É um coletivo que tem como linha geral de trabalho a adaptação de seu processo artístico aos ambientes escolhidos, desenvolvendo um trabalho que explora, experimenta e se processa a partir do caos das paisagens e relações urbanas, choques e trânsitos culturais diversos.
Arte Pública - Uma Estética Participativa. Quarta, 05 de agosto, das 20h30 às 21h30. Apresentador: Herbert Rolim (CE) . Artista plástico premiado, com obras em acervos e participações em exposições individuais e coletivas no Brasil e exterior. Professor do Curso de Licenciatura em Artes Visuais do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFET-CE), mestre em Literatura pela Universidade Federal do Ceará e doutorando em Arte/Educação pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Autor do livro "Arte Anfíbia: o Caso Otacílio de Azevedo", onde teoriza a origem, a formação e as articulações processuais da obra de arte de natureza anfíbia, em que expressões verbais e visuais se intra e inter-relacionam. Herbert Rolim discorrerá sobre Arte Pública, como a entendemos hoje, levando em conta o contexto histórico, sociopolítico e cultural dos espaços de intervenção urbana, sob a perspectiva de uma estética participativa de aproximação entre arte e vida. Sua fala focará a experiência Praça/Casa proposta pelo Grupo Meio Fio de Pesquisa e Ação como prática reflexiva urbana.
CONTINUA AMANHÃ
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NOTA DE ESCLARECIMENTO DA ADMINISTRAÇÃO DO BLOGUE CARIRICULT
Com o objetivo de tornar este espaço sempre viável de ser acompanhado pelos nossos leitores, a administração do blogue Cariricult resolveu editar esta postagem, visto que ela, pelo seu longo tamanho, foge do padrão aceitável para um meio de comunicação que requer rapidez e dinamismo. Por outro lado, julgamos que esse procedimento não acarretará em prejuízo para nenhuma das partes (autor da postagem, leitores e instituição promotora do evento), visto que a programação do referido evento acontecerá ao longo dos próximos dias. Desta forma, solicitamos a todos os colaboradores que evitem postagens longas, sob pena de serem editadas na forma como aconteceu com esta postagem. Ao nosso dileto colaborador Alexandre Lucas, clamamos pela necessária compreensão.
Atenciosamente,
Administação do Cariricult

Um comentário:

  1. Rafa,

    Lá no Blog do Crato, eu fiz a mesma coisa. Esta postagem foi a maior postagem da história de todos os Blogs que se tem notícia.

    Quero só olhar se o Alexandre postou lá no Blog dele de forma intacta assim...rs rs

    Abraços,

    DM

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