Minto tanto
aos meus ouvidos
quando dormem os justos -
Iludo as paredes,
abro-lhes os braços
mas na verdade
tudo que quero
é alcançar aquela teia
é tatuar aquela aranha
no meu peito.
Os justos dormem
tão serenos
E eu,
um mentiroso
tão devasso
ainda tenho a loucura
de abrir os braços
às paredes
mas tudo que quero
é alcançar quela teia
é tatuar aquela aranha
no meu peito.
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