Claro que faço este texto em face do Wilson Bernardo. Mais ainda pelo que todos escreveram. Inclusive o texto do Carlos Rafael. Espero não ficar no contraponto, apenas no contraditório. Se vocês concordam comigo, a grande coisa dos blogs tem sido esta possibilidade de ao final se ter em mãos coisas muito bem elaboradas, visualizadas em diversas faces. Mesmo que caiamos naquela fábula dos cegos que tentavam compreender o Elefante por partes, a nossa tendência é fazer a síntese do paquiderme.
Sem participar antres com texto, mas lendo tudo e vendo o trabalho do Wilson. O Bernardo tem elementos artísticos incontestáveis: tem vigor telúrico, violento e capaz de revirar acomodações do solo; se expressa como “ser vivo” (ia usar animal, mas poderia descambar para outro efeito) se alimentando e dizendo, digerindo e dizendo; seu canal de expressão é bastante elaborado, tem um exercício até mesmo cuidadoso para um instrumento rápido como um blog por exemplo.
Sobre os recentes trabalhos dele há que se considerar não apenas eventuais faltas de ineditismo, ou repetições de estéticas que já cumpriram seu papel. O trabalho dele é bastante local e de um traço pessoal inegáveis como elemento de arte. Em outras palavras a arte de Wilson Bernardo tem gente, espaço e tempo. E tem uma contradição no Wilson, que poderá eliminar uma crítica possível. Ele dificilmente, pelos elementos artísticos que possui, cairia na armadilha da fama. Da fama de chocar pelo chocar. De assumir uma persona e com ela navegar na arte. O Wilson mesmo que se alimentando pelo cotidiano que nivela, tem um núcleo arquetípico que é o açude, onde pesca o inusitado. O outro dado é a própria “violência” que possui em face das acomodações, ela o liberta da fama e da persona tipificada.
Enfim, como o acesso é o blog, o Wilson, apesar de terem se queixado de eventuais problemas de enquadramento em sua fotografia, tem mostrado um fotografia de boa qualidade. Considerando desse modo, a foto como veículo da arte de Wilson, ela acresce valor como no caso das genitálias da “vaca sagrada”, fotografias bem expressionistas.
Enfim, considerando o que vi em poesia, fotos e arranjos esculturais, a arte do Wilson Bernardo tem muito campo para se espalhar. Ele não as fará por isso, mas é sempre bom quando abro o blog e o encontro.
Sem participar antres com texto, mas lendo tudo e vendo o trabalho do Wilson. O Bernardo tem elementos artísticos incontestáveis: tem vigor telúrico, violento e capaz de revirar acomodações do solo; se expressa como “ser vivo” (ia usar animal, mas poderia descambar para outro efeito) se alimentando e dizendo, digerindo e dizendo; seu canal de expressão é bastante elaborado, tem um exercício até mesmo cuidadoso para um instrumento rápido como um blog por exemplo.
Sobre os recentes trabalhos dele há que se considerar não apenas eventuais faltas de ineditismo, ou repetições de estéticas que já cumpriram seu papel. O trabalho dele é bastante local e de um traço pessoal inegáveis como elemento de arte. Em outras palavras a arte de Wilson Bernardo tem gente, espaço e tempo. E tem uma contradição no Wilson, que poderá eliminar uma crítica possível. Ele dificilmente, pelos elementos artísticos que possui, cairia na armadilha da fama. Da fama de chocar pelo chocar. De assumir uma persona e com ela navegar na arte. O Wilson mesmo que se alimentando pelo cotidiano que nivela, tem um núcleo arquetípico que é o açude, onde pesca o inusitado. O outro dado é a própria “violência” que possui em face das acomodações, ela o liberta da fama e da persona tipificada.
Enfim, como o acesso é o blog, o Wilson, apesar de terem se queixado de eventuais problemas de enquadramento em sua fotografia, tem mostrado um fotografia de boa qualidade. Considerando desse modo, a foto como veículo da arte de Wilson, ela acresce valor como no caso das genitálias da “vaca sagrada”, fotografias bem expressionistas.
Enfim, considerando o que vi em poesia, fotos e arranjos esculturais, a arte do Wilson Bernardo tem muito campo para se espalhar. Ele não as fará por isso, mas é sempre bom quando abro o blog e o encontro.
Gosto do Wilson Bernardo quando ele é mais WB do que WC. O impacto visual das fotos nos incomoda e nos provoca, claro, e é possível que nos leve a uma reflexão. Outras vêzes só nos dá náuseas e não passa disso.
ResponderExcluirNão o culpo pela falta de originalidade, mas pela constante recorrência. Coloquemos nossa canção preferida no aparelho de som e acionemos o repeat. Quantas vezes suportaremos a repetição? Não existe, a rigor, o tris, mas apenas o bis, o que já é o suficiente para satisfazer a necessidade de contemplar mais uma vez o belo ou o desejável. A insistência em um ponto fixo leva à inércia. Tanto a fixação pelo bizarro como pelo aparente sublime deve ser uma opção pessoal e instransferível.
ResponderExcluirARTE? O QUE É ARTE?
ResponderExcluirQual a finalidade da arte? Entretenimento? Transformação social? Satisfação do ego do artista? Imitação da vida? A arte serve a quem? A arte serve a que? A arte pela arte ou a arte engajada? Tudo é arte? A arte é tudo? Arte é inspiração ou transpiração? Arte é uma forma de expressão humana? Ou a arte é um ofício de sobrevivência? A arte deve servir a uma ideologia? E se a arte deve servir a uma ideologia, que ideologia serve a arte? E a arte de partido, hem? E o partido da arte? Arte de resistência ou arte alienada? Arte fragmentada ou arte inteira? Arte popular ou a arte erudita? Arte individual ou arte coletiva. Tradição ou vanguarda? Permanência ou mudança? A arte pode ser vendida? A arte pode ser comprada. Artesanato ou arte industrializada? E a indústria da arte?
TEXTO:Carlos Rafael Dias
Pois muito bem Carlos Rafael,o contraditirio faz parte da dialetica das substancias do s conceitos esteticos e morais...
arte? é tudo que é inventivo,Calasans me lembrou o velho locutoe esportivo,o atacante perde o gol e ele fala até minha mãe faria...Pelé reiventou a logistica das parabolas vertisianas da bola no gol,o que todos fariam,ele reivetava em um toque sencivel na pureza do vento mudando a tragetoria imagistica da bola em direção ao fundo do goool,isso mesmo depois de feito torn-se usal e ilario não é. Zé do vale muita merade de gratificações pelo comentario,tu entendeu muito bem a racionalidade das esterias peseudhumanas.
obs; cala sans te mandei um e-meil me liga mano.
Concordo WB. Estou apenas exercitando o meu direito do contraditório. Afinal, ninguém tem a definição exata do que seja arte ou pra que ela serve. Ainda bem. Enquanto a sua expressão artística for apenas para manifestar sua visão de mundo, defenderei até a morte o seu direito de fazê-la.
ResponderExcluirNão tenha a mínima dúvida quanto a isso.
Acho que ninguém irá me ler agora que tudo já foi dito. Na verdade, involuntariamente, disse uma mentira: não tinha lido tudo sobre as postagens do Wilson. Especialmente não tinha lido nenhum dos 10 comentários sobre as fotos da vaca. Fiz este texto muito mais movido pelo que o Carlos escreveu hoje e pelo próprio trabalho do Bernardo. Depois de ler os comentários citados, ficou-me a impressão que os tivesse lido antes de escrever este post. Em síntese: me dou por satisfeito apesar de não ter lido tudo enquanto dizia que o tinha.
ResponderExcluirPoeminha inspirado em Wilson Bernardo:
ResponderExcluirAs vacas ruminam a eCência dos bois rupestres que saciam a fome dos peixes. Os homens alimentam a barriga de feSes das elites dominantes na racionalidade de uma formiga.
Porque a fome das contemplações dos dejetos é a saúde das bactérias hermafroditisíacas dionisíacas.
Bac
Baco Bêbado
Bacte
Bate
Eu bato. Batera
Bacana
Bacanal
Eu como Bactéria nos esgotos dos escrotos. As vacas comem capim enquanto mijam nele. E o feio é a apenas o inverso dos espelhos. O ânus não se acha feio quando se olha.
Abraços,
Dihelson Mendonça