Parte do pessoal que escreve no Cariricult é fruto da escola pública. Seja de primeiro, segundo grau ou graduação. O ensino público foi o grande diferencial dos movimentos estudantis nos finais dos anos 60. Se formos examinar o ícone de 1968, o denominador comum é a ampliação de vagas universitárias para caber um contingente enorme de jovens fora do esquema de reprodução da elite tradicional. Esta classe média que existia até a metade dos anos 90 foi fruto desta mobilidade tendo por centro de gravidade o ensino público e claro os projetos nacionais com a presença do Estado.
Para agradar às torcidas do Flamengo e do Fluminense (como diz o Maurício Tavares) já adianto que outro movimento, muito maior, muito mais desestabilizador dos costumes se encontra em curso desde o Governo FHC e até agora. E isso foi a moeda, as políticas compensatórias, a ampliação de salas de aula, a avaliação do ensino, até mesmo o crédito para formação e finalmente a enorme descentralização universitária. O que temos?
Vejam o que diz o filósofo da USP José Arthur Giannoti ao comentar o momento e inclusive suas crises no Jornal o Estado de São Paulo: “Está ligado ao aumento da cidadania no Brasil. Na medida em que uma massa enorme entrou no mercado, passou a participar da vida cotidiana, com seus direitos. Eles (integrantes dessa massa), como acabaram de vir, pensam em termos dos ganhos imediatos. Não são capazes de perceber que um ganho imediato pode ser abolido numa perspectiva mais longa.”
E quando a classe média tradicional se incomoda com o mulato na fila do avião, com o faxineiro embarcando na mesma esteira que a sua, logo percebera o comportamento e os apetrechos que carrega. É a razão pela qual o Forró Eletrônico teve a força de uma “Jovem Guarda” na vendagem de discos, lotação de shows e agora acrescida com os decibéis ambulantes nos automóveis.
Diz o Giannoti: “Não adianta regra. O problema é que você passa a obedecer à regra, e outras pessoas reclamam quando a regra é obedecida. Sempre haverá um desgraçado que vai querer passar a perna na regra.O que tem de ser feito, e ao meu ver está sendo bem feito, é lutar contra a decisão imposta de uma forma férrea e ainda com a bênção de um direito que, afinal de contas, é mal interpretado. O que temos é uma bagunça generalizada. Ela reflete a enorme variedade da sociedade brasileira hoje. É a integração dessa massa na vida cotidiana, pública e política.”
Os escândalos, o Tasso Jereissati dizendo que tem jatinho por que pode, o outro o chamando de coronel de merda, o Collor dando lições de digestão ao senador franciscano Pedro Simom. Acho que até mesmo os velhos candelabros estão recebendo o lustre dos tempos migrantes.
Para agradar às torcidas do Flamengo e do Fluminense (como diz o Maurício Tavares) já adianto que outro movimento, muito maior, muito mais desestabilizador dos costumes se encontra em curso desde o Governo FHC e até agora. E isso foi a moeda, as políticas compensatórias, a ampliação de salas de aula, a avaliação do ensino, até mesmo o crédito para formação e finalmente a enorme descentralização universitária. O que temos?
Vejam o que diz o filósofo da USP José Arthur Giannoti ao comentar o momento e inclusive suas crises no Jornal o Estado de São Paulo: “Está ligado ao aumento da cidadania no Brasil. Na medida em que uma massa enorme entrou no mercado, passou a participar da vida cotidiana, com seus direitos. Eles (integrantes dessa massa), como acabaram de vir, pensam em termos dos ganhos imediatos. Não são capazes de perceber que um ganho imediato pode ser abolido numa perspectiva mais longa.”
E quando a classe média tradicional se incomoda com o mulato na fila do avião, com o faxineiro embarcando na mesma esteira que a sua, logo percebera o comportamento e os apetrechos que carrega. É a razão pela qual o Forró Eletrônico teve a força de uma “Jovem Guarda” na vendagem de discos, lotação de shows e agora acrescida com os decibéis ambulantes nos automóveis.
Diz o Giannoti: “Não adianta regra. O problema é que você passa a obedecer à regra, e outras pessoas reclamam quando a regra é obedecida. Sempre haverá um desgraçado que vai querer passar a perna na regra.O que tem de ser feito, e ao meu ver está sendo bem feito, é lutar contra a decisão imposta de uma forma férrea e ainda com a bênção de um direito que, afinal de contas, é mal interpretado. O que temos é uma bagunça generalizada. Ela reflete a enorme variedade da sociedade brasileira hoje. É a integração dessa massa na vida cotidiana, pública e política.”
Os escândalos, o Tasso Jereissati dizendo que tem jatinho por que pode, o outro o chamando de coronel de merda, o Collor dando lições de digestão ao senador franciscano Pedro Simom. Acho que até mesmo os velhos candelabros estão recebendo o lustre dos tempos migrantes.
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