A eternidade de um segundo
Arrastem o corpo de Ramiro
Por todas as ruas estreitas
Em torno do mercado central
Risquem sem piedade com
O sangue fresco toda a largura
De toda avenida perimetral
Cortem os sinais vermelhos
E com o zoom de nano celulares
Registrem amadoristicamente
Restos de carne de músculos
E de gordura presos ao asfalto e
Postem os arquivos na rede
Sem nenhuma trapaça deixem
Que ele vire carcaça exposta
Pendurada no próprio mau cheiro
Bem em frente às oportunidades
Do maior Atacadão de um real
Que fica vizinho à moderna lotérica
Mas não esqueçam nunca de
Rejeitar com toda a veemência
A mais remota possibilidade da
Décima terceira Alice também ter
Sido maravilhada ao ser bolinada em
Sua volumosa vulva de breve idade
Esse poema marca a última postagem dessa série, por motivos de ineditismo para uma publicação próxima. Tenho recebido vários e-mails sobre essas postagens, alguns bem agradáveis e outros de forma nenhuma, kkkkkkkk
ResponderExcluirDedico esse poema, e assim será em livro, a essa galera especial: Domingos Barroso, grande poeta e filósofo, amigo de longas dastas; Isaac Lira, intelectual inquieto e mordaz; Maurício Tavares, a desconstrução do improvável; e Lupeu Lacerda, grande poeta e parceiro de luta e letra
Marcos
ResponderExcluirObrigado por me incluir na dedicatória. Mantenha sempre teso o arco da promessa.Quando relaxamos demais não sentimos dor mas também corremos o risco de perder o prazer da dor.
Meu camarada e meu irmão,
ResponderExcluiroxalá em novembro eu escave meus despojos em "Craterdã" e, tenha absoluta certeza, na primeira bodega havemos de bebericar um vinho. Nem que seja para quebrar seu jejum e te arrastar ao Hades!
Um forte abraço.
Valeu Maurício, quando o livro for publicado, você receberá essa dedicatória em mãos.
ResponderExcluirabraços
Valeu, Domingos, cé claro que esse reecontro será muito especial, muitas coisas à espera de uma atualização, e claro, regada a um bom vinho.
ResponderExcluirabraços, irmão