terça-feira, 22 de setembro de 2009

Incursões na Alma

Eu, homem feito, condenado pela eternidade
A carregar esta carcaça “bigornocorpórea”
Sobre meu coração-libélula de criança

Ainda, pelas madrugadas insones
Gemo num uivo surreal
Debatendo-me sobre as correntes
Que me agrilhoam as pernas finas, falidas de músculos
Que atam os braços finos e cabeludos
Como os átomos que gravitam a valsar
Na camada mais externa do meu ser

Eu, homem feito, na força explosiva do meu peito
Em transmutações violentíssimas
Re(volto) grido a mais tenra infância
Onde, quando rei, libertava pelos ares meus súditos
A declamar poemas...homens, mulheres e crianças.

Foto: Lino Matos

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