domingo, 8 de novembro de 2009

Abstêmio

Antes de saborear o frango assado
com uma belíssima taça suco de uva

sento-me na cadeira giratória
imagino um poema da infância

onde o musgo mais verde
onde as formigas aos encontrões
trocavam impressões sobre o quintal vizinho.

Meus pulmões tão limpos, bem.
O coração sempre batendo tambor.

Levanto-me agora:
a saliva prende-se no canto da boca.

Engulo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário