quinta-feira, 17 de junho de 2010

O homem ainda não é a medida de todas as coisas...


"Era uma vez uma Primavera em flor. A formiga carregava e guardava logo cedo, o dia todo e à noite também. A cigarra só cantava o dia todo. Chegou o verão e a formiga dizia - Ó irmã cigarra, trabalhe e poupe também. Mas nada! A cigarra só queria cantar. Chegou o outono e a cigarra continuou cantando, a formiga trabalhava e aconselhava, mas nada da cigarra ouvir. Quando veio o inverno, a formiga estava com os celeiros cheios e se recolheu à espera de outra primavera, com o dever cumprido. Aí bateu a sua porta a cigarra pedindo ajuda porque estava na miséria. A formiga lhe perguntou: Que fazias quando era tempo bom? E a cigarra lhe respondeu - Eu cantava, o dia inteiro. Retrucou-lhe a formiga - Cantavas? Pois dança agora! E lá se foi triste a cigarra na noite fria. Moral da história - Há muitos homens que se parecem com a cigarra, chegam à miséria e querem que aqueles que pouparam lhes dêm o que suaram para ter. VERSÃO DE HUMOR - Corre por aí de boca em boca outro final para a fábula de La Fontaine. Dizem que foi contada por Madame Pompadour - "Aí, a cigarra foi embora e aceitou a idéia. Foi à Boite dançar e ainda antes do fim do inverno voltou com seus casacos de peles bem quentinhos agradecer o conselho da formiga..." CONTESTAÇÃO ao narrador - Biólogos e naturalistas discutem até hoje a ignorância do moralista sobre a biologia das formigas, das abelhas, das cigarras, cada uma tendo um lugar na orquestra da Natureza, pois somos injustos ao querer usar a nosso bel prazer supostas vantagens ou alegar nossos juizos sobre males que os homens estariam tendo com animais e plantas que conflitam com nossos interesses. O homem não é a medida de todas as coisas."

Bom Dia!

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