quinta-feira, 29 de julho de 2010

Os Beija-flores Doam Sangue

O abismo não deixará de existir.
Os monstros, os levianos, os tolos
hão de prosseguir a jornada do mal.

Haverá dias cinzentos, vazio, tristeza.
Sonhos exaustos com estigmas.

Pensaremos até em dizer adeus mundo velho.
Cortar pulsos, tomar comprimidos.

Se houvesse uma árvore disponível:
uma forca.

O tempo continuará sem sentido.
Muitas vezes (uma longa parte dele)
trará aquele desânimo e aquela
louca e triste vaidade.

Mas te digo:
o milagre brilha aos nossos olhos
quando criamos uma ponte com alguém
feita de arco-íris, algodão-doce, jasmim.

Mesmo sentindo enjoo
e pensando ser a pessoa
(naturalmente)
de outro planeta.

3 comentários:

  1. "la primera vez
    no te conocí.
    la segunda, sí"
    (federico garcia lorca).

    domingos,
    um abraço, pra lá de, fraterno!

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  2. Lupin, outro forte abraço.
    Que os beija-flores
    ao doarem sangue
    enterneçam os corações
    de tantos.

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  3. principalmente o meu coração infartado.

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