O abismo não deixará de existir.
Os monstros, os levianos, os tolos
hão de prosseguir a jornada do mal.
Haverá dias cinzentos, vazio, tristeza.
Sonhos exaustos com estigmas.
Pensaremos até em dizer adeus mundo velho.
Cortar pulsos, tomar comprimidos.
Se houvesse uma árvore disponível:
uma forca.
O tempo continuará sem sentido.
Muitas vezes (uma longa parte dele)
trará aquele desânimo e aquela
louca e triste vaidade.
Mas te digo:
o milagre brilha aos nossos olhos
quando criamos uma ponte com alguém
feita de arco-íris, algodão-doce, jasmim.
Mesmo sentindo enjoo
e pensando ser a pessoa
(naturalmente)
de outro planeta.
3 comentários:
"la primera vez
no te conocí.
la segunda, sí"
(federico garcia lorca).
domingos,
um abraço, pra lá de, fraterno!
Lupin, outro forte abraço.
Que os beija-flores
ao doarem sangue
enterneçam os corações
de tantos.
principalmente o meu coração infartado.
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