O calendário Maia previa para 2012 o final dos tempos. Para a região serrana do estado do Rio de Janeiro 2012 já chegou. A tragédia nas cidades de Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo causada pelas intensas chuvas e que provocaram inundações, soterramento de cidades inteiras, trazendo destruição e mortes é o tema principal dos noticiosos na TV e jornais de todo o país e do mundo. Não era pra menos. A natureza sábia está dando respostas ao homem que a destrata de muitas formas, seja com o desmatamento para loteamento de condomínio de luxo, com o desrespeito ao leito dos rios e suas margens estreitadas, com a impermeabilização do solo que impede o escoamento das águas das chuvas, com o entupimento dos canais pelo lixo produzido nas grandes cidades, ou queimadas irracionais da floresta para transformação de terras para o pasto de gado ou monoculturas, e por ai vão os absurdos. A tragédia se anunciava e era previsível. Cada vez com uma intensidade maior e com uma inestimável perda de vidas.
Hoje pela manhã, uma amiga me confidenciou que quase não dormiu preocupada com a possibilidade, remota mas real, de Crato um dia sofrer uma tragédial de igual tamanho, guardando as devidas proporções. Embora pareça exagerado o temor, nós corremos esse risco, sim. Porque temos também um rio – o Grangeiro (nosso esgoto!)- que passa por dentro da cidade e que está espremido num canal absurdamente mal planejado. As encostas do alto do Seminário não receberam ainda nenhum tratamento adequado que detenha uma provável queda das barreiras numa chuva mais intensa. Casas e mais casas estão sendo construidas cada vez mais próximas do paredão da Chapada do Araripe numa afronta descarada às leis ambientais. Então, minha querida amiga Glória, não só deve perder o sono mas, aconselho: que entre também na briga para que respeitemos a natureza e que a tratemos como a nossa Grande Mãe!
Nossos pêsames aos irmãos cariocas, paulistas, australianos,...
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