quarta-feira, 4 de maio de 2011

O mauricinho Bin Laden - José do Vale Pinheiro Feitosa



















Se non é vero, é ben trovato. Peguei esta foto no blog do Melo que supostamente é do Daily Telegraph. Uma foto dos anos 60 de uma família saudita no gozo do consumismo britânico é o máximo da ironia deste tempos. Bem que sempre desconfiava: o terrorista mais odiado é aquele que vem das classes altas e médias. Os terroristas "pé-de-chinelo", desdentados, sujos e com olhos esbugalhados metem um medo de inferno, mas a estes se despreza. O terrorista que é filho da vizinha é a marca de todos os ódios. E qual o motivo?

Simples. Se eu ralo para ter minha TV LED, meu I-phone, meu carrinho com tanta tecnologia que nem sei fixar o nome, como poderei me rebelar contra o sistema? Tenho que agradecer ao Deus mercado e tocar minha vidinha e vem este FDP da vizinha querendo estourar esta ordem feita para eu ralar, ter coisas que passo o tempo sonhando e quando as tenho já se encontram na obsolescência.

Mas não expliquei o máximo da ironia. É na que foto, na primeira fila, o segundo da direita para a esquerda, de sueter verde, calça amarela e chapeu se encontra o poderoso terrorrista Bin Laden. Risonho entre priminhos e priminhas tendo com centro galvanizador da família um belo cadilac cor de rosa. Foi por este adolescente que um império atacou dois países, gastou trilhões de dólares e se endividou até as cuecas.

Foi este adolescente que foi trucidado numa operação manhosa, cheia de trejeitos, que deixa o mundo todo sem saber se efetivamente anda para a barbárie ou se desistiu da civilização ocidental cristã, o que, aliás, é a mesma coisa.

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