No estilo nordestino de fustigar o adversário manifestou-se com a notícia sobre o DNA negativo do filho de Fernando Henrique Cardoso que não é filho dele por que a Miriam Dutra recebeu o sêmen de outro. Aí na piada nordestina ele virou uma daquelas longas brincadeiras a respeito dos tipos de corno. Não sei bem onde classificaria o episódio talvez no “corno de cartório”, aquele que o teste de DNA é negativo, mas no cartório ele tem o carimbo comprobatório.
Claro que os amigos do FHC vão chiar: é assunto privado, o homem tem bom caráter, pois mesmo com resultado negativo insistiu no papelório, ele foi melhor presidente que este operário de esquina. Os amigos de FHC vão ter um probleminha: agora fica difícil acreditar na paternidade da estabilização nacional.
O pessoal do Lula vai rebolar mais uma vez com a lambada que o Caçador de Marajás lhe deu com a filha Lurian. Viram como o marketing de tudo isso é paulista da boa cepa: não que as duas mães são Miriam: uma Dutra e a outra Cordeiro. Agora haverá o round final: qual pai é mais pai e qual aceitação é maior entre os dois distintos pais?
Mas que o assunto de ambos os pais não é privado lá isso não é. Não, por que seria levantar uma preliminar quando os fatos já são públicos. Uma vez posto ao público temos muito a considerar:
a) A amante, a segunda casa, no machismo nacional;
b) Ter a força de uma mulher como foi Ruth Cardoso como bandeira política enquanto arma uma retirada estratégica da jornalista amante para a Espanha;
c) Pelos dois motivos o assunto migra da esfera privada para a esfera política e como tal deve ser tratado o tempo todo;
d) Vacilar sobre um assunto do qual foi ator para só depois dar por encerrado legalmente quando já estava convencido desde o primeiro momento que era o pai;
e) Ser tão centrado na autoria dos fatos que nem desconfiou que pudesse ser outra a autoria e aí já de cara fazer o comprobatório laboratorial;
f) Uma vez adotada a paternidade com convicção, ter recuado pela posição dos filhos de Ruth Cardoso, demonstrando um traço frágil de caráter cujo resultado poderia lhe ser politicamente desgastante: o menino não ser filho dele, demonstrando que toma atitudes de natureza política de modo impensado ou seja, fácil de ser enganado.
Eu também não iria à frente com um assunto deste se ele não fosse importante como lição política para todos.
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