quinta-feira, 9 de junho de 2011

"Raridades" - José Nilton Mariano Saraiva

Depois de duzentos anos alguns meses e poucos dias morando em Fortaleza, eis que recentemente fomos surpreendidos agradavelmente, ao tomar conhecimento da existência de uma locadora (perto de casa, no Bairro de Fátima) onde literalmente qualquer um é capaz de “desenterrar” (ou “ressuscitar”), de acordo com o gosto do freguês, grandes e épicas produções cinematográficas “do tempo do bumba”, na perspectiva de desejar compor um respeitável acervo particular (tanto que já tomamos a iniciativa).
Ao razoável preço de R$ 10,00 a unidade, os CD/DVDs são entregues em sua própria casa e possuem uma qualidade muito boa (com alguns guardando as características originais, evidentemente, como a projeção em preto e branco), permitindo-nos empreender uma inolvidável “viagem de retorno” às origens (meninice/adolescência) e reviver momentos mágicos, via agradáveis “sessões nostálgicas”... e solitárias (os meninos e a mulher acham tudo isso muito “cafona”).
Fato é que, de posse de autênticas “raridades” (abaixo), adquirimos a propriedade de nos autotransportar às salas do Moderno, Cassino e Educadora, aí do Crato, onde tudo começou: No Tempo da Diligências (John Waine), Uma Rua Chamada Pecado (Marlon Brando), Gata em Teto de Zinco Quente (Paul Newman), Candelabro Italiano (Troy Donahue), A Bela da Tarde (Catherine Deneuve), A Piscina (Alain Delon), Crepúsculo dos Deuses (William Holden), Os Desajustados (Clark Gable), Bem Hur (Charlton Heston), A Face Oculta (Marlon Brando), Os Imperdoáveis (Clint Eastwood), Juventude Transviada (James Dean), Paixão de Fortes (Henry Fonda), Flechas de Fogo (James Stewart), Os Girassóis da Rússia (Sophia Loren), Doutor Jivago (Omar Sharif), Os Canhões de Navarone (Gregory Peck), Cidadão Kane (Orson Welles), A Ponte do Rio Hway (Willian Holden), A Escolha de Sofia (Meryl Streep), Fugindo do Inferno (Steve McQueen), Guerra e Paz (Audrey Hepburn), Casablanca (Ingrid Bergman), dentre outros.
Apesar de todas serem “jóias raras”, particularmente torcíamos e tínhamos uma verdadeira obsessão por rever dois “filmaços” que assistimos no Moderno e que ficaram como que “encastelados” em nossa mente: Sayonara (Marlon Brando) e 36 Horas (James Garner), aos quais teremos oportunidade de nos referir, a posteriori.
Acreditamos que tal tipo de resgate expressa com fidedignidade o “IR LONGE PRA FICAR MAIS PERTO”, porquanto, ao forçar a memória a ir procurar lá na sua parte mais recôndita (longe) a lembrança de momentos inolvidáveis, implicitamente estamos a querer manifestar o nosso desejo de ficar “mais perto” do Crato de outrora (de imorredouras recordações).
Haja coração !!!

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