sexta-feira, 25 de maio de 2012

PELA VITÓRIA DA DEMOCRACIA INCLUSIVA NO CRATO - José do Vale Pinheiro Feitosa

E por falar nas próximas eleições no município de Crato? Abre-se uma esperança enorme que o esperado que nunca chegou afinal chegue à nossa estação com a doçura da rapadura e muito ferro para resistir à pressão de um verdadeiro gigante adormecido. Venha com a vontade do povo, sem preguiça, aqueles finais de semana prolongados de dolce far niente em ensolaradas praias.
   
Que tenha o espírito do seu tempo e sinta o pulso histórico deste município que é fundamental para a unidade do Cariri. Que não se limite a terceirizar as políticas públicas e seja, ele mesmo, os olhos do povo junto à máquina burocrática que deve servir ao povo. Que convoque o funcionalismo municipal para o peso das responsabilidades que lhes cabem como construtores do bem público.

Educação, Saúde, Meio Ambiente e Cultura em igual importância, com políticas articuladas entre si visando fazer mais com o mesmo e acelerar resultados no tempo de realização. O espírito do tempo é este que amanheceu e está acordado, que ultrapassou os limites do círculo de giz que pensava não poder ultrapassar e, no entanto, era uma falsa prisão. Apenas um risco no chão. 

Comprimento o espírito do tempo da minha cidade. Este sentido libertário do nosso povo. A reconstrução otimista de uma nova realidade do cotidiano dos cidadãos. Sem os passos pesados do abandono, do difícil acesso, do pouco para alguns e do nada para todos. O espírito do tempo como vontade de construir, liderar, ser norte e ao mesmo tempo o revisor dos próprios passos e crítico de suas próprias ações.

O professor universitário, crítico e literário Alfredo Bosi falando sobre o lugar das ideologias disse assim: “Durante o século XVIII, início do XIX, o nascente poder liberal conviveu sem pudor com a escravidão.” Mais adiante ao falar do movimento revolucionário francês e do americano, que forçaram um novo pensamento no seio dos liberais ele diz, ao comentar a lei do ventre livre: “A batalha foi renhida, pois a liberdade dos nascituros acabaria sendo o divisor de águas de dois liberalismos em oposição: o excludente, escravista e o democrático, abolicionista”.

Eis o espírito do tempo: a democracia inclusiva. Que radicalize ao máximo, no âmbito do território da minha terra, aquilo que está consagrado na Constituição Brasileira: um Estado Democrático de Direito. E o município é o Estado em domínio de poderes. Mas quando pensar em descansar reserve alguns minutos para criar o museu da memória do liberalismo excludente.       

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