terça-feira, 18 de junho de 2013

O "fiel da balança" - José Nilton Mariano Saraiva

Como sói acontecer nas competições esportivas patrocinadas pela FIFA, sob o argumento do tipo “o céu é para todos” sempre figurarão países sem nenhuma expressão no futebol (afinal, têm voto na hora da escolha dos seus dirigentes), mas que, mesmo representando a mediocridade elevada ao cubo na prática do esporte, ao final findam por constituir-se no “fiel da balança”. É o que ocorre na atual Copa das Confederações, quando, representando a Oceania, a exótica seleção do “Tahiti” figura como uma daquelas agremiações destinadas a servir de saco de pancada para os demais componentes do grupo.
Tanto é que na primeira partida contra a Nigéria o extravagante placar de 6 x 1 não refletiu o andamento do jogo, porquanto uma outra “ruma de gols” foram irresponsavelmente desperdiçadas pelos africanos e poderão, sim, fazer falta lá na frente, quando da definição dos dois classificados. É que, embora a seleção espanhola seja a favorita para seguir em frente como primeira do grupo B, deverá encontrar dificuldades no jogo contra os africanos, aqui em Fortaleza (um empate é perfeitamente possível), daí a necessidade de golear impiedosamente o Tahiti, objetivando suplantar a Nigéria no saldo de gols. Tanto é que, humilde e sabedor de tal realidade, o próprio técnico da seleção da Oceania já veio a público implorar aos espanhóis que evitem chegar aos 10 gols de vantagem.

Em assim sendo, por vias tortuosas a FIFA finda por encontrar justificativa para a presença de uma seleção-aprendiz (seus integrantes amadores eram o retrato da felicidade por terem marcado um mísero gol no jogo), num torneio onde o que existe é “cobra engolindo cobra”. 

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