Pois é, quase
entregamos o ouro ao bandido. Sem jogar nada (de novo), beneficiando-se de um
gol de “canela” (outra vez) e sofrendo uma pressão terrível ao final do jogo (novamente),
a seleção de futebol do Brasil conseguiu passar pelo sofrível time dos
velhinhos do Uruguai, com o gol salvador já na fase crepuscular do jogo. Sem
contar que o ancião Forlan houvera perdido um pênalti no começo da partida que,
se convertido, certamente nos complicaria mais ainda. Destaque (negativo) para
as “pixotadas” da nossa zaga: o estabanado David Luiz cometeu um pênalti infantil
sobre o outro ancião uruguaio (Lugano), enquanto que o Tiago Silva deu de
bandeja o gol de empate ao desprezar a velha máxima “bola pro mato que o jogo é
de campeonato”, preferindo sair jogando dentro da área com toquinho
comprometedor.
Como de praxe, o
queridinho da mídia esportiva nacional (Neymar) não fez nada de produtivo,
tanto que para poder aparecer apelou pra palhaçada, ao mandar “beijinhos” para o
marcador adversário, quando aquele saia de campo substituído.
Como não comungamos com
a teoria de que “o importante é ganhar, não importa como”, vamos torcer (muito)
para que o nosso time se encontre e resolva jogar bola na partida final. Partida
final que será disputada no Maracanã, Rio de Janeiro, contra a Espanha que, “parada”
pela eficientíssima marcação da Itália, só conseguiu classificar-se através da
cobrança de penalidades máximas, após desgastantes 120 minutos de um jogo em
que por alguns momentos chegou a ser dominada pelo adversário.
Sorte nossa, pois, que
vamos pegar o time da Espanha bastante cansado e reclamando uma barbaridade do
calor sufocante (para eles) aqui dos trópicos. Claro que temos sobejas condições
de ganhar, bastando, desde o começo, adiantar a marcação em todas as linhas e
obstar o refinado toque de bola do adversário na saída do jogo (como o fez a
Itália). E como os zagueiros espanhóis, os grandões Piquê e Sergio Ramos, são
lentos e deficientes no jogo por baixo, jogar em cima deles, em velocidade,
pode ser o “mapa da mina” (torçamos pra que o tal do Neymar não trema ou queira
ser gentil com os futuros companheiros do Barcelona).
Há que se considerar,
ainda, que embora composta de jogadores experientes, a Espanha deverá sentir,
sim, os nervos, ao adentrar num Maracanã repleto de torcedores a hurrarem a
plenos pulmões o refrão “Brasil, Brasil, Brasil”.
Deve ser um bom jogo e com
um adendo estimulador: o mundo todo estará de olho.
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