segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A “caixa-preta” do Judiciário – José Nilton Mariano Saraiva

De relevantes serviços prestados à sociedade, o Ministério Público Federal do Ceará (um verdadeiro “ninho de cobras criadas”, no bom sentido), empossou na sua presidência, dias atrás, o desassombrado Procurador da República Alessander Wilcson Sales, sem favor nenhum um técnico competente e que prima pela seriedade e transparência nos seus atos.

Tanto é que, anos atrás, em artigo publicado conjuntamente com o também Procurador da República José Adonis Callou (no jornal O POVO), emitiu o seguinte “juízo de valor” a respeito do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, sediado em Recife:

“Na área de jurisdição do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (Recife-PE) é quase impossível investigar fatos ilícitos praticados por agentes postos em elevadas esferas políticas e da economia”, porquanto...“por aqui é muito comum decisões que trancam as próprias investigações”, já que... “quase sempre as decisões dos Juízes Federais de primeira instância, em atendimento a solicitações do Ministério Público, visando à defesa de interesses coletivos, são imediatamente cassadas pelo TRF”.

O que se comenta é que, como na condição de simples “procurador” não lhe faltou coragem de referir-se publicamente à “caixa-preta” do Judiciário, o Governador do Estado do Ceará já estaria preocupado com possíveis intervenções do novo Procurador Geral da República nos vários escândalos que tramitam na Procuradoria da República local, envolvendo o erário público.


A expectativa da sociedade é, pois, que ele “não bata o catolé” e se disponha a ir fundo na investigação das várias denúncias que envolvem o Governo do Ceará, divulgadas pela imprensa já há um certo tempo. 

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