quinta-feira, 31 de outubro de 2013
"A hora é agora" - José Nilton Mariano Saraiva
Tão brincando com fogo. E a experiência ensina que quem brinca com fogo tende a queimar-se (cedo ou tarde). Principalmente quando impera a falta de cuidados, os excessos, a afobação, enfim, o desrespeito ao bom senso e às leis.
A reflexão acima tem a ver com as tais manifestações que se espraiam pelo país desde junho passado. Manifestações que, se pacíficas, ordeiras e com objetivos definidos, encontram respaldo no próprio texto constitucional (tanto que o Governo tem, via polícia militar dos Estados, na medida do possível, se limitado a proteger seus integrantes ao longo das caminhadas).
Mas que perdem tal respaldo a partir do momento em que seus integrantes confundem liberdade com libertinagem, democracia com anarquia. Afinal, esconder-se atrás de uma máscara objetivando atentar contra o patrimônio público e privado (depredando a torto e a direito), impedir o ir e vir das pessoas, agredir os que tentam manter a ordem, bloquear vias importantes por onde escoa a produção nacional e por aí vai, não é bem um “ato democrático”.
Exemplificancdo: a rodovia Raposo Tavares é uma das principais do estado de São Paulo, por onde trafegam milhares de veículos diariamente; não só automóveis particulares e o transporte público, mas, principalmente, caminhões e carretas que transportam cargas para os mais diversos rincões do país. Ou seja, a Raposo Tavares é um dos importantes corredores por onde se processa o “giro da roda” - a movimentação da economia do país.
Eis que, de repente (e a televisão mostrou ao vivo), a Raposo Tavares literalmente parou em razão de um quilométrico e monumental congestionamento, em pleno dia útil. É que, mais à frente, obstruindo-a e provocando tal confusão, doze (12) pessoas (sim, senhores, apenas doze solitários “manifestantes”) se acharam no direito de parar a maior cidade do país, via protestos contra a falta de moradia.
Já na rodovia Fernão Dias, que liga São Paulo a Belo Horizonte, cerca de 90 pessoas impediam o ir e vir de quem quer que seja, ao tempo em que incendiavam caminhões e ônibus, em protesto pela morte de um adolescente de 17 anos por um policial militar.
Fato é que, se agora o Governo Federal não tomar uma decisão dura o suficiente para se fazer respeitar (tolerância zero, via intervenção da Força de Segurança Nacional), os tais manifestantes sentir-se-ão à vontade para deflagrarem um movimento anárquico de inimagináveis proporções.
E o objetivo maior, sabemos todos nós, é levar a anarquia até o ano 2014, quando o Brasil estará na mídia mundial em razão da realização da Copa do Mundo e das eleições presidenciais. E aí, as manifestações de junho de 2013 serão consideradas “fichinha”, “café pequeno”, ante os estragos que pretendem implantar, já que desmoralizando o Governo e o próprio país ante a comunidade internacional.
Urge, pois, que o Governo Federal entre pra valer no embate, antes da chegada definitiva do caos. A hora é agora.
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