O mundo é assim. Já foi diferente. Será outro.
A SERASA EXPERIAN como é da natureza do seu negócio fez uma
pesquisa com um recorte sociológico com base na capacidade de consumo. Desprezou
o território e seu processo socioeconômico. Vamos tomar este caminho.
Antes uma explicação. Os limites do território processo é o
espaço e a atividade humana (política e cultura). Os limites do recorte de consumo
não é a produção e nem a circulação da mercadoria, mas o seu consumo. E no caso
a capacidade de consumo.
Esta capacidade de consumo é controlada por outros fatores
que não apenas a base econômica, por exemplo o poder do Estado, as máfias, as
corporações, as multinacionais, os grupos de interesses ou as elites
organizadas e mais outras organizações culturais como igrejas e tantas outras. Temos
aí o efeito da concentração de poder de poucos repercutindo sobre todos.
Na verdade tal concentração tende a criar uma organização
geral confluente no interesse do poder concentrado e marcar a vida das pessoas
desde as opções de gravidez, passando pelo parto, os cuidados com a criança, a
escolaridade, a inserção no mercado de trabalho e por último a capacidade de
consumo.
Eis que o mundo todo funciona como este todo concentrado.
Por isso vamos sofrer aperto no que se chama crise cambial. O desequilíbrio
geral das moedas, especialmente dos países emergentes. A Argentina e Venezuela,
por exemplo. O big brother americano vai elevar os juros e os dólares
especulativo que faziam a festa dos emergentes vão fugir deles.
A estimativa é que esta corrida vá cair na jugular,
extravasando os dólares que irrigavam as economias emergentes. Com a crise do
país concentrador de riquezas estes dólares estavam na especulação de
commodities e corriam para as economias emergentes para tirar melhores lucros
do que na estagnação econômica americana.
Eles estariam retornando ao leito seguro do poder imperial e
os emergentes em crise cambial. Todo mundo. Inclusive o Brasil, Chile e México
aqui na América Latina. Segundo estimativa o país com menor vulnerabilidade
seria e própria Argentina que já dar cambalhotas.
A crise cambial, se acontecer com a força que se imagina,
será a grande bandeira dos candidatos de oposição: Aécio Neves e Eduardo
Campos. Este é o cenário.
Como todo cenário vejamos as cenas que nele se desenrolarão
pois certamente na história não existe um escritor que defina o enredo todo.
Muito é da percepção social e política. E aí na hora da onça beber vale a
política, as alianças, os sacrifícios aceitáveis, a capacidade de luta e assim
por diante.
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