O ano (2014) é
eleitoral e em jogo se acha a própria Presidência da República (afora, parte do
Senado e a Câmara dos Deputados). E como a presidenta Dilma Rousseff já
desponta nas pesquisas como favorita à reeleição, a hora é de jogo bruto, sujo,
duro e pesado por parte dos que não se conformam com o fato do Brasil figurar
hoje como uma das cinco potencias emergentes do mundo (Rússia, Índia, China e
África do Sul são as demais componentes desse restrito e privilegiado grupo). A
ordem, pois, é bagunçar o coreto, apostar no quanto pior melhor, atanazar a
vida dos que estão no poder, mostrar números negativos e até esquecer que de
2003 até aqui o governo catapultou da miséria cerca de 40 milhões de pessoas,
inserindo-as socialmente.
Pois bem, agora a
bola da vez é a Petrobrás, uma das maiores empresas do mundo no ramo
petrolífero, orgulho de todos nós, porquanto detentora da sofisticada
tecnologia de extração do mineral em águas ultra-profundas. Daí a descoberta
das fabulosas jazidas do pré-sal nos “subterrâneos” do Oceano Atlântico, de
onde hoje extraímos 415 mil barris/dia (mas isso é só o começo).
Sabe-se, de outra parte, que para viabilizar tão espetacular projeto,
algumas medidas pontuais foram tomadas, que desagradaram certos segmentos, a
saber: 01) a “privatização” (doação) tão comum na época da “tucanalhada”, foi
substituída pela concessão e, ainda por cima, em regime de partilha (para os incautos,
que tendem a se deixar confundir pelos de má-fé (alarmistas de plantão), o “babado” é o seguinte: privatização
representa a entrega definitiva do patrimônio, sem nenhuma chance de retorno;
concessão é única e tão somente a cessão por tempo determinado, com retorno
garantido em certa época). Em português curto e grosso, o patrimônio continua
nosso; 02) num empreendimento de tamanha magnitude, urge obter-se recursos na
banca internacional, daí a necessidade de se contrair empréstimos vultosos, lá
fora. Que – atentem para o detalhe - só são aprovados e concedidos se o país, e
a empresa em particular, tiverem capacidade de endividamento, reputação comprovada
e um produto final viável e que garanta o retorno sem maiores traumas.
E aí os números da Petrobrás são impressionantes, desmoralizando os que
insistem em descredenciá-la. Capitalização: em 2010, realizou a maior
capitalização da história (U$ 70 bilhões), com o objetivo de explorar a camada
do pré-sal. De 2013 até hoje, obteve no mercado U$ 8,5 bilhões; 3,05 bilhões de
euros e 600 milhões de libras esterlinas. Valorização: para este ano, grandes
corretoras com a Santander, Safra e outras, apostam no potencial de valorização
de 68 empresas na bolsa. Destas, só 07 ultrapassam os 50%. A estimativa da
Petrobras é de 54%. Balanço: se partirmos para comparar o balanço contábil da Petrobras
com quatro grandes rivais internacionais – Exxon Mobil, Shell, Chevron e BP – a
verdade é um tanto quanto decepcionante para os arautos do caos, a saber: Lucro
- a Petrobras, de 2012 para 2013, avançou 1%, em dólar, enquanto Exxon caiu
27%, Shell recuou 35%, Chevron perdeu 18% e apenas a BP avançou. Expansão - entre
os anos 2006 a 2013, a Petrobrás foi a única que expandiu a produção (11%),
enquanto as outras caíram ou ficaram no lugar: Exxon (-1%), Shell (-8%),
Chevron (0%) e BP (-18%). Investimentos - das cinco, a Petrobras foi a que mais
cresceu - 228%, contra 114% da Exxon, 85% da Shell e 152% da Chevron.
Assim, resta comprovado que em razão do ano 2014 ser um ano eleitoral, a
ordem é tentar desestabilizar o Governo e derrubá-lo nas pesquisas (se possível
já), pois o tempo flui rápido; e nada mais apropriado para tal mister do que o
ataque desnecessário, especulativo e violento que se desenvolve atualmente à Petrobras.
O resto é perfumaria barata, de quinta categoria.
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