O “777-200” não é um
aviãozinho qualquer. Com capacidade para 400 passageiros e pesando milhares de
toneladas, atinge a estupenda velocidade de 950 km horários e é dotado do que
há de mais moderno e revolucionário em termos tecnológicos. Difícil imaginar,
pois, que uma máquina tão portentosa desapareça assim, sem mais nem menos, no trajeto
“Malásia-China”, com 239 pessoas a bordo
E, no entanto, a
infausta notícia oriunda da Ásia é de que essa maravilha tecnológica, depois de
apenas duas horas de voo e, evidentemente, já em velocidade de cruzeiro,
simplesmente haja desaparecido dos radares e, provavelmente, despencado lá de
cima e mergulhado nas profundezas do Oceano
O que teria acontecido:
falha humana, defeito técnico ou atentado terrorista ??? Afinal, essas são as únicas
opções de um acidente aéreo e, somente se encontrarem a “caixa-preta” da aeronave
no fundo do Oceano se terá ciência do ocorrido (lembremo-nos do acidente do vôo
Rio-Paris, meses atrás, quando conseguiram resgatar a “caixa-preta” do fundo do
mar, possibilitando a constatação de que, além da falha técnica, houve erro
grotesco do piloto e co-piloto ao levarem o avião para o centro de uma tormenta
meteorológica de proporções alarmantes).
Fato é que, embora o transporte
aéreo ainda se nos apresente como o que oferece mais segurança, comodidade e
rapidez, quando uma tragédia de tamanha proporção acontece, ceifando a vida de
tanta gente, é que entendemos da nossa insignificância.
Pessoalmente, já
passamos por uma experiência um tanto quanto desagradável e traumática, no
tocante a viagens aéreas, quando o avião que faz a rota Fortaleza-Juazeiro,
depois de tocar o solo, “arremeteu” de forma abrupta e violenta. E, durante
aproximadamente cinco minutos, depois de um silêncio sepulcral, onde só se
ouvia o chororô de alguns e as preces de outros, finalmente o pouso se fez. Na
saída, como ninguém se manifestou, indagamos dos “simpáticos” componentes da
tripulação, postados à porta, o que houvera ocorrido. A resposta: “uma lufada
de vento muito forte, daí o comandante preferir arremeter”. Como não “deglutimos”
aquele argumento, dia seguinte ligamos para o “0800” da empresa Avianca e, para
nossa surpresa, a desculpa foi a mesma.
Agora, aqui pra nós: vento
no interior do Ceará, em dia de sol brabo, sem nuvens, capaz de desestabilizar uma aeronave pesando
toneladas ??? Claro que o comandante jamais colocaria em seu relatório que
falhou feio, colocando a vida de dezenas de pessoas em perigo. Mas foi isso o
que aconteceu.
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