sábado, 8 de março de 2014

"SE..." - José Nilton Mariano Saraiva

"Hilária” (mas se alguém optar por considerá-la “patética”, sinta-se à vontade), a manifestação de um adepto de Cícero Romão Batista quando, inconformado em razão da Infraero haver suspendido a liberação de determinada verba para a ampliação do aeroporto da cidade, saiu-se com essa pérola (realmente digna de um almanaque humorístico) num dos blogs do Cariri:  (ipsis litteris) “...se Padre Cícero ainda fosse o prefeito de Juazeiro esta cidade teria sido escolhida como sede de jogos da Copa, ganharia um novo e luxuoso Romeirão e o nosso aeroporto seria internacional e já estaria concluído. Ah, Como Padre Cícero faz falta”. Como se vê, autentico supra-sumo do “fanatismo” puro e desbragado, beirando às raias da insanidade e da estupidez.
Sim, porque a verdade é que se aquele “mitômano” (Cícero Romão Batista) vivesse na atualidade e adotasse o mesmo “modus operandi” de sua época, de uma coisa tenhamos certeza: teria de enfrentar um Ministério Público Federal e uma Polícia Federal atuantes e expeditos, que decerto o deteriam por improbidade administrativa, enriquecimento ilícito, corrupção ativa, corrupção passiva, formação de quadrilha e outras irregularidades (e não precisaria nem ser julgado sob a égide da teoria  “domínio do fato”).
Aliás, o próprio “testamento” do referido o põe a nu, incriminando-o, porquanto nos expõe um patrimônio generoso e exuberante, incompatível com o seu “statu quo” (fontes de renda ou origem dos recursos).
Há que se atentar, ainda, que quando usou e abusou da coitada da Maria de Araújo, debilitada e assustadoramente doente (expelia sangue pela boca recorrentemente), “obrigando-a” a participar na capela do Socorro da encenação que ficou conhecida como o “milagre da hóstia” (foram 93 “apresentações” no espaço de 02 anos, ou 04 vezes por mês, ou mais precisamente, 01 vez por semana – vide jornal O POVO, de 19.01.14, página 38), outro não era seu objetivo senão beneficiar-se pessoalmente (na tentativa de cristalização de uma farsa grotesca). Só que, em assim procedendo, implicitamente assumiu a responsabilidade de levá-la a óbito prematuro, como de fato aconteceu, aos 51 anos de idade.

Sugestão para reflexão no próximo seminário sobre o dito-cujo: deixar de lengalenga e conversa fiada, examinando, à luz do Direito, se teria havido “dolo eventual” em tal procedimento. 

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