Desde a derrota em 26.10.14, quando foram atropelados por um
transatlântico de votos, a “tucanalhada” – à frente o aloprado e apoplético “playboy
do Leblon” (Aécio Neves) e o gagá FHC - insiste em instituir uma espécie de terceiro
turno da eleição presidencial.
Só que o mote usado - que os malfeitos na Petrobrás começaram em 2003
com a ascensão do PT ao poder - é no mínimo cínico e desonesto. O próprio
ladrão-delator Paulo Roberto de Souza, funcionário de carreira da Petrobrás
desde 1978 (e que começou a ocupar cargos de Diretoria ainda na gestão FHC), foi
muito claro em depoimento à CPI, ontem, ao afirmar peremptoriamente que desde o
governo Sarney, passando pelos governos Collor, Itamar e FHC, a prática era
corriqueira naquela estatal. E já que emprestam tanta credibilidade para o que
ele diz, atenção: segundo o próprio, em outras instituições governamentais a “coisa”
também vigora e... no Brasil todo.
O detalhe, e todo mundo já tá careca de saber, é que naquela época não
havia disposição para se investigar, não havia coragem de cortar na própria
carne, resultando que tudo foi varrido para debaixo do tapete, daí o monstro
ter criado musculatura.
Portanto, querer fazer crer que o que acontece hoje trata-se de uma “novidade”,
não cola: é sim, uma lamentável “recorrência”, mas que agora tende a ser
enfrentada, depois de uma lei específica sancionada pela Presidente Dilma
Roussef, que permite alcançar corruptos e corruptores (e aqui um parênteses:
segundo ainda o ladrão-delator, Lula da Silva e Dilma Roussef são sabiam de
nada, ao contrário do que foi desonestamente divulgado às vésperas da eleição
pela revista VEJA-ÓIA).
A propósito, lá no distante ano de 1989 (há 25 anos, portanto) o
competente jornalista Ricardo Boechat, da Rede Bandeirante, foi agraciado com o
Premio Esso de Jornalismo exatamente pela denúncia pública de roubo na
Petrobrás, daí sua indignação com a recente declaração de FHC de que sentia
vergonha com o que estava acontecendo naquela estatal.
Com a palavra, pois, o Boechat:
Acho que ele [Fernando
Henrique Cardoso] está sendo oportunista quando começa a sentir vergonha com a
roubalheira ocorrida na gestão alheia. É o tipo de vergonha que tem memória
controlada pelo tempo. A partir de um certo tempo para trás ou para frente você
começa a sentir vergonha, porque o presidente Fernando Henrique Cardoso é um
homem suficientemente experiente e bem informado para saber que NA PETROBRÁS SE
ROUBOU TAMBÉM DURANTE O SEU GOVERNO. “Ah, mas não pegaram ninguém!” Ora
presidente! Dá um desconto porque só falta o senhor achar que na gestão do
Sarney não teve gente roubando na Petrobras. Na gestão do Fernando Collor não
teve gente roubando na Petrobras. Na gestão do Itamar Franco não teve gente
roubando na Petrobras. A Petrobras sempre teve em maior ou menor escala
denúncias que apontavam desvios. EU GANHEI UM PRÊMIO ESSO EM 1989 DENUNCIANDO
ROUBALHEIRA NA PETROBRÁS. […] A
Petrobras sempre foi vítima de quadrilhas que operavam lá dentro formada por
gente dos seus quadros ou que foram indicados por políticos e por empresários,
fornecedores, empreiteiras. Então, essa vergonha do ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso é sim uma tentativa de manipulação política partidária da
questão policial”. (o que a “tucanhalada” tem a dizer, a
respeito).
No mais, convém registrar que das 09 (nove) empreiteiras envolvidas na Operação
Lava-Jato, 06 (SEIS) financiaram a campanha do “playboy do Leblon” (Aécio Neves)
– e é igualmente fundamental observar que 05 (CINCO) delas dividiram as obras
da Cidade Administrativa, uma obra faraônica, absurda e desnecessária que Aécio
empurrou sobre os mineiros, num custo superior a 2 BILHÕES de reais, em vez de
investir em obras de infra-estrutura que realmente beneficiariam o estado.
Aliás, estranhamente dois prédios IDÊNTICOS acabaram sendo construídos por dois
consórcios DIFERENTES, o que é inexplicável.
Teria o “playboy do Leblon” (Aécio Neves) alguma
justificativa para tamanha excrescência ???
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