sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Será que nossas paixões se diluíram nas águas amazônicas deste continente chamado Brasil? Por que tantas tragédias parecem menores que em outras nações? E falo dos dramas, das dores, das perdas, das corridas ao precipício das nossas condições estaduais.

Mas assim não foi com o Rio Grande do Sul. A simples unidade política do que antes era uma carnificina entre ximangos e maragatos engendrou uma revolução no país inteiro. Ali se vivia na fronteira entre ser e não ser, entre cruzar a linha ou não cruzar. E não cruzaram.

Como o Uruguai cruzou e tornou-se uma cunha perfeita a dividir a bacia do Prata. E nós pouco sabemos de sua cultura. Sabemos de sua história, de ter tido uma educação universal, excelente qualidade de vida e que isso tudo decaiu com a crise dos seus produtos primários.

Que a tragédia se fez em forma de uma ditadura Militar sangrenta, como cá. Que os músicos, poetas, artistas, profissionais liberais, pegaram em armas para superar o impasse e novamente retornarem ao lugar de sua forma na história.

O Uruguai é um tanto argentino, muito gaúcho, mas é sobretudo um encontro dele com a sua alteridade. E até o encontro deles com eles mesmos.


E pouco sabemos da música Uruguaia, seus ritmos variados, suas influências variadas, desde a milonga, passando pelo tango, pela música negra (candombe), por tantos estilos, inclusive latinos em geral e brasileiro em particular. 

Al otro lado del rio - Jorge Dexler 

Com "Al otro lado del rio" Jorge Dexler ganhou um Troféu Oscar de trilha sonora. Para o filme "Diários de Motocicleta" de Walter Salles. Escutem com atenção a letra da música, estamos falando da juventude de Che Guevara tentando conhecer uma alternativa ao lado da vida em que ele se encontrava.  

No quiero hablar de esas cosas - Samantha Navarro

Olhem que música e mulher bonitas! Ficamos com vontade de ouvi-la várias vezes.

Amandote - Jaime Roos

Uma canção por demais experimentada, mas com arranjo e uma voz singular. 


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