sexta-feira, 12 de junho de 2015

O VELHO "LENGALENGA" - José Nilton Mariano Saraiva

Definitivamente, a “tucanalhada” raivosa (e simpatizantes) não têm mesmo jeito: só foi o governo anunciar seu plano de “concessões” para alguns setores, a fim de injetar o necessário oxigênio-financeiro na economia, para que voltassem com o lengalenga de sempre, a surrada e batida conversa mole das “privatizações”.

Claro que o objetivo maior é confundir os incautos, porquanto até eles, que se consideram “experts” na matéria, involuntariamente “escorregam” quando tratam do tema, como restou constatado quando a notícia foi veiculada no tal Jornal Nacional: numa hora, no mesmo bloco, o “ledor de notícias” (o tal do Bonner) se referira à decisão do governo de “privatizar” para, na sequência, usar a expressão “concessão”.

Por essa razão, é necessário que a coisa seja posta à mesa “tim-tim-por-tim-tim”, da forma mais didática possível, na tentativa de encontrar entre a “tucanhalada” (e simpatizantes) uma mente aberta ao diálogo, um ser vivente desprovido das amarras do sectarismo e intolerância, que a nada levam, mas que parece ter feito morada entre os agitados “bicudos”.

Pois bem, saibam que “privatizar” é negociar o patrimônio público e entregá-lo de FORMA DEFINITIVA a quem por ele se interessar, independentemente que seja uma pessoa física (individual) ou uma entidade jurídica (coletiva), a fim que a partir de então, como legítimos donos, o usem como bem entender: podem repassar a um terceiro, mudar de ramo, demitir todo mundo e, até, acabar com o negócio se assim preferir; em palavras outras, pelas vias normais (jurídicas) não há a menor possibilidade que aquele bem volte a ser do governo. Exemplos: a CSN, uma empresa com extraordinário potencial de se desenvolver, já que detentora de uma “matéria-prima” que o mundo todo necessita (minério), foi entregue pela “tucanalhada” de mão beijada à iniciativa privada, com o criminoso argumento de que o “apurado” serviria para ajudar no pagamento da dívida externa; já o setor de “telecomunicações” foi “doado” ao mafioso Daniel Dantas, que até hoje não tem onde colocar tanta grana, em relação ao que foi investido. O tal “apurado” ??? Ninguém sabe ninguém viu, enquanto a tal dívida externa cresceu exponencialmente. O que se sabe é que muitos “bicudos” ostentem hoje um “patrimônio-marombado” em relação ao que detinham antes do ingresso no governo de FHC.

Já a “concessão” é uma espécie de TRANSFERENCIA PROVISÓRIA da posse de um determinado bem ou atividade econômica, com preço,  regras e prazo definidos (numa linguagem mais popular e rasteira, mas de melhor entendimento para os que não manjam da atividade econômica, poderíamos até usar a figura do “aluguel”), ao final do qual o vencedor da licitação (espécie de locatário) devolverá ao locador-proprietário (verdadeiro dono) aquele bem que temporariamente lhe foi outorgado ou “concedido”, inclusive com todas as eventuais benfeitorias que lhe tenham sido agregadas. Exemplos: pelos aeroportos, ferrovias, portos e estradas que o governo está agora “concedendo”, a iniciativa privada pagará ao governo um preço justo para explorá-los por determinado tempo e, ao final dos respectivos contratos os devolverá ao governo.

Portanto, é chegada a hora de acabar com essa embromação de tentar incutir na mente dos desavisados certas babaquices sem fundamento, e de encarar com seriedade e responsabilidade as momentâneas dificuldades que o país atravessa (não esquecer de lembrar ao “playboy” do Leblon, o tal Aécio Neves, que a eleição já acabou,  e não há possibilidade nenhuma de um terceiro  turno).

  
   


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