sábado, 8 de agosto de 2015

A POLÍTICA É O MÉTODO DO AMANHECER

E quando se temia o fim da política, ela se encontra viva. A política como a organização social para realizar conquistas e defendê-las.

Bater panelas é a defesa das conquistas da classe média tradicional, junto com a sensação de que paga impostos (de renda) e não tem o retorno em saúde, segurança e educação (tudo sai direto dos seus bolsos) e ao mesmo tempo o seu medo de que a chegada de mais gente no seu nicho, piorará as suas conquistas e afastará a possibilidade do “conforto” de quem lá chegou.

Ficar em silêncio, enquanto o PT faz um programa político, é lutar por mais conquistas e defender as que já conseguiram. Por enquanto é uma divergência de classe (não bem luta, pois são classes que apenas têm relação empregador e empregado em alguns serviços domésticos), mais na frente podem ter algo em comum.

A política é a capacidade de construir alianças para superar dificuldades num mundo assimétrico economicamente e socialmente. Por isso ela sempre guarda a representatividade simbólica da luta. Existem contrários a enfrentar-se, mas ao largo e ao fim acontece uma síntese que tem o mesmo teor dos teoremas: é verdade se forem dadas as tais condições.

O Brasil, despertado de alguns anos de atoleiro, vive o rugir que ensurdece alguns espíritos, mas deixam claras mensagens que indicam seu caminhar. Antes de seguir adiante vamos à base da saída do atoleiro: o movimento democrático pelo fim da ditadura; a superação que conquistas apenas seriam possíveis em modelos autoritários, o reconhecimento que a base popular era a sustentabilidade no tempo e espaço, que era preciso definir instituições, poderes e ordens que atendessem ao bem estar-geral.

A Constituição de 1988, define claramente as ordens de modo complementar, de tal maneira que na ordem econômica e na ordem social o primado é o trabalho e o objetivo o bem o estar geral, a dignidade da pessoa humana e a autonomia nacional. A política será feita por este caminho.

Não vamos perder o norte das coisas de dedo em riste para os outros. Isso é a farsa de Aécio que briga com Alckmin, que briga com Serra, que briga com Dilma, que briga com Temer, que briga com Eduardo Cunha, que briga com Lula numa barafunda de individualidades oportunistas, nada atinentes à real situação da política no Brasil.   

Luta democrática e popular por uma sociedade de universal bem-estar. Considerando, é claro, que existe muita gente que não acredita em acessos universais e apenas crer no valor de mercado (seu mérito).


Mas como o mercado substituiu a família neste mundo de hoje, ainda é possível que eu diga que a minha família é menos perversa que a tua sem que precisemos trocar palavrões para nos entender. 

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