sábado, 2 de dezembro de 2017

HOUVE OU NÃO ??? - José Nílton Mariano Saraiva

No curso de Ciências Econômicas, e especificamente no estudo da disciplina “Estatística”, normalmente o próprio professor faz a analogia entre tal disciplina e o biquíni usado pela mulherada. É que, segundo se convencionou no recinto da própria Academia, tal qual o biquíni, a Estatística mostraria tudo, tudo, menos o “essencial”. O que é “essencial”, na Estatística e na mulher, fica a critério de cada um elucubrar.


Tal lembrança ocorreu quando tomamos conhecimento das manchetes estampadas na grande mídia, nos dias atuais, nos dando conta que o abusado e arrogante ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, pela terceira vez, em poucos dias, mandou soltar da cadeia o empresário Jacob Barata, incurso em sérias suspeitas de pagamento de propina à mafiosa classe politica do Rio de Janeiro, e por isso trancafiado repetidamente pela justiça daquele Estado.


No arrazoado divulgado pela mídia, inserto se acha que pesou em tal decisão o fato do ministro e esposa terem sido padrinhos de casamento da “Baratinha”, filha do meliante (o que demonstraria uma sólida amizade entre os dois), além do fato que o noivo seria sobrinho da mulher do ministro (o que justificaria tal privilégio).


Como, entretanto, foi a terceira vez em poucos dias que o ministro bate de frente com o Judiciário do Rio de Janeiro, com todo o desgaste que isso pode provocar, a mídia bem que poderia questionar não a amizade ou parentesco do casal com o empresário, mas, sim, se o ministro teria recebido “propina” para insistir e persistir na liberação do bandido.


Afinal, já restou comprovado, em diversas oportunidades, que no Judiciário brasileiro (principalmente no seu alto escalão) a corrupção corre solta e desenfreada, e, portanto, o “substantivo” a ser explorado por uma mídia séria e honesta seria: houve ou não pagamento ao ministro Gilmar Mendes ???

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