Nos últimos 02/03 três anos,
aqui mesmo neste privilegiado espaço (através de diversas postagens), afirmamos
de forma peremptória e contundente, que a esculhambação jurídica vigente hoje
no país se devia aos prolixos, preguiçosos e pernósticos integrantes do Supremo
Tribunal Federal, em razão de chancelarem as recorrentes e cabeludas arbitrariedades
perpetradas pelo juiz de primeira instância, Sérgio Moro, notadamente no
tocante ao estupro diuturno da nossa Carta Maior.
Eis que, hoje, com o autêntico
tsunami provocado pelas acachapantes informações do site The Intercept Brasil, envolvendo
a República de Curitiba, começam a aparecer manifestações de toda ordem, na
condenação dos abusos perpetrados na Operação Lava Jato.
Nelson Jobim, por exemplo,
(que não é flor que se cheire, frise-se), mas que foi Ministro da Defesa e
Presidente do Supremo Tribunal Federal (onde militou durante anos) foi cáustico
para com o juiz de primeira instância, ao afirmar que os componentes daquela
Corte Maior foram vergonhosamente omissos
ao tratar da questão (“vocês toleraram os abusos do Moro”).
Hoje, o próprio relator da Lava
Jato, Luiz Edson Fachin, um dos principais defensores da Lava Jato e Sérgio
Moro, declarou seu desapontamento com o mesmo, acrescentando que os juízes que
cometem abusos têm que ser exemplarmente punidos, já que “Juiz algum
tem uma Constituição para chamar de sua. Juiz algum tem a prerrogativa de fazer
de seu ofício uma agenda pessoal ou ideológica. Se o fizer, há de submeter-se
ao escrutínio da verificação”.
Como apenas uma ínfima parte das
informações em poder do The Intercept Brasil foi divulgado, a tendência natural
é que se forme um rolo compressor incapaz de ser detido, e que, ao final,
sejamos cientificados, através de áudios e vídeos (existem, sim), de detalhes do
modus operandi mafioso não só de Sérgio Moro e “comparsas” da República de
Curitiba, mas, também, de ministros dos tribunais superiores (já imaginaram um
áudio de uma conversa entre Sérgio Moro e Gebran Neto, do TRF4 de Porto Alegre
combinando a “dosimetria” da pena a ser aplicada ao ex-presidente Lula da Silva
???).
ResponderExcluirNÃO ESQUEÇAMOS DO TAL “SUPREMO” - José Nilton Mariano Saraiva
Ante um Supremo Tribunal Federal leniente, frouxo e passivo, o juiz de primeira instância, Sérgio Moro, de par com a turma do Ministério Público Federal do Paraná, usaram e abusaram de transgredir nossa Carta Maior (Constituição Federal) sem que fossem obstados por aquela Corte Superior.
A esfarrapada desculpa apresentada na oportunidade foi a de que, dada a “excepcionalidade” de que se revestia a tal Operação Lava Jato, o interesse da população se sobreporia às leis e à própria Carta Maior do país (pelo menos foi isso que declarou um dos ilustres Desembargadores que trataram da causa).
Eis que agora, com a entrada em cena do jornalista Glenn Greenwold (The Intercept), a “trama mafiosa” arquitetada pela quadrilha do Sérgio Moro para condenar Lula da Silva revela-se em toda a sua plenitude e desfaçatez.
Temos, então, a dolorosa constatação de algo vexatório, aético e imoral: membros do Ministério Público (Dallagnol e outros) sendo devidamente instruídos e orientados pelo próprio juiz da causa (Sérgio Moro) de como proceder e que caminhos seguir, a fim de que a peça acusatória (a lhe ser dirigida) tenha a consistência desejada por ele, juiz.
A irrefutabilidade da denúncia do The Intercept se constata a partir do instante que nenhum dos citados contesta o que foi denunciado, já que centraram seu descontentamento no “como” tais informações foram obtidas.
Assim, bradando sobre a “ilegalidade” (mas não sobre o conteúdo) das escutas veiculadas por The Intercept, Sérgio Moro e parceiros “esqueceram momentaneamente” que foram eles os “pioneiros” em tal tipo de procedimento, quando por quase cinco anos grampearam gregos e troianos, chegando ao cúmulo de gravar a própria Presidenta da República e findando por influir decisivamente no resultado de uma eleição presidencial.
O resultado é essa tragédia que está aí, com um grupo de milicianos à frente do país, “desconstruindo” tudo o que foi feito até aqui (conforme promessa de campanha).
Portanto, nessa hora gravíssima que atravessamos, tem o Supremo Tribunal Federal a oportunidade ímpar de se redimir perante a nação, ao reconhecer as arbitrariedades e abusos perpetrados pelo juiz Sérgio Moro, anulando “in totum” a sentença condenatória e, consequentemente, libertando de imediato o ex-presidente Lula da Silva.