terça-feira, 7 de abril de 2020

"BOZO" - NOSSA "RAINHA DA INGLATERRA" - José Nilton Mariano Saraiva


Como é do conhecimento de metade do mundo e da outra banda, nos regimes monárquicos reis ou rainhas e respectivas famílias não fazem absolutamente nada (sequer enfiarem um prego numa barra de sabão), a não ser despudoradamente sugarem e se locupletaram do dinheiro público. E o exemplo emblemático, porque hoje uma potência mundial (sem interferência da monarquia), é a Inglaterra, onde, aliás, a prole real é por demais numerosa.

Pois bem, cansado da “ociosidade-muito-bem-remunerada”, um dos príncipes (candidato a rei daqui a 200 anos), num átimo de honestidade e desprendimento, resolveu tomar uma atitude inédita: renunciou à mordomia e anunciou sua intenção de se mandar para um outro país (provavelmente o Canadá), onde procurará exercer alguma atividade que lhe propicie sobreviver à custa do próprio suor (esse pelo menos foi corajoso, ao contrário do irmão, pais e avós, todos parasitas).

A reflexão é só pra lembrar que, por aqui, acaba de ser implantado o regime monárquico à brasileira: é que, como o Bozo e filhos, além de não entenderem de porra nenhuma, vivem a comprar briga com o resto do mundo (além de participarem ativamente de uma tal “rachadinha”), os milicos que lhe dão sustentação já comunicaram a algumas chancelarias do mundo que, a partir de agora, o general Braga Neto é o novo “ACTING PRESIDENT” (presidente em exercício) do Brasil.

E a materialização de tal ato não demorou nem um pouco: ainda agora, quando o Bozo pretendeu (e anunciou em off) demitir “ex-officio” um dos ministros que discordam frontalmente das suas orientações no tocante ao combate ao coronavírus (Luís Henrique Mandetta, da Saúde) a área militar do governo (à frente o novo “acting president”) o desmoralizou publicamente ao não aceitar sua decisão. E o Bozo, reconhecendo sua insignificância e despreparo, calado estava calado ficou (vai ter que aguentar, sem nem miar, o Ministro da Saúde pintar e bordar, mandar e desmandar, fazer e desfazer, sem lhe dá a mínima satisfação).  Haja humilhação.  

O problema é que os milicos, em assim procedendo, abriram o flanco para um questionamento por demais pertinente: como vivemos num presidencialismo e o poder executivo está a cargo do presidente e do seu vice, a figura do “acting president” não existe juridicamente.

Além do que, segundo especialistas, tal figura... “subverte o pouco que existia das instituições, fecha o autoritarismo neo-militar no Brasil e consolida o sucesso do método das ‘aproximações sucessivas’ que parece ser tudo o que os militares aprendem na academia”.

Saudações, pois, à nossa “rainha da Inglaterra”.





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