quinta-feira, 16 de abril de 2020

DE UMA "OUTRA GALÁXIA" - José Nilton Mariano Saraiva


Circunscrever a tragédia que se abate sobre os (outrora) alegres italianos e espanhóis a uma mera questão territorial e/ou climática, como o preconizado dias atrás pelo analfabeto miliciano que desgraçadamente está presidente da república, não só é de uma rasteirice obtusa como também irresponsabilidade elevada ao cubo.
No entanto, esse louco que “está” presidente do Brasil (apoiado por empresários gananciosos e comprovadamente descompromissados com o país), está arrastando propositadamente sua horda de fanáticos/fundamentalistas a que, daqui a pouco, nos equiparemos a italianos e espanhóis em termos de vulnerabilidade e sofrimento atrozes.
Isso porque, metade do mundo e a outra banda sabem que cortar a “cadeia de transmissão” do coronavírus, através do isolamento social da população, até prova em contrário (E ELA ABSOLUTAMENTE INEXISTE) é o meio mais eficiente e eficaz de se enfrentar a pandemia que assusta e apavora o mundo, conforme recomendação da Organização Mundial de Saúde-OMS.
No entanto, trafegando perigosamente na contramão da história e do bom senso, por aqui o incentivo é para que as pessoas saiam de casa, confraternizem-se e aglomerem-se sem maiores preocupações ou receios, como se o nosso Brasil se localizasse em “uma outra galáxia” e, consequentemente, imune esteja aos males que toda a humanidade vivencia (quando, na realidade, a previsão, macabra mas realista, é de que a partir do próximo mês de maio tenhamos 250 óbitos diários, só no Ceará).

Por tudo isso, parece inquestionável que, pra colocar ordem na casa e impingir um quê de respeitabilidade/credibilidade ante a população, tornando-a parceira no enfrentamento da crise, bem que o nosso sempre omisso Supremo Tribunal Federal poderia deixar de lado a prolixidade e covardia que ostenta, assumindo de vez as rédeas na condição de protagonista na resolução do impasse.
E isso implica, necessariamente em, assumindo legalmente sua condição de “guardião da Constituição Federal”,  AFASTAR o “traste” que aí está, já que provado restou não ter a mínima condição de gerir coisa alguma.  
Até mesmo porque, na perspectiva de continuar a omitir-se vergonhosamente, como o fez até aqui, o Supremo Tribunal Federal - MERECE E DEVE - ser considerado copartícipe (cúmplice) do genocídio que está às nossas portas.



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