Em
obediência ao “misticismo” que caracteriza sua milenar cultura,
a República Popular da China optou pela figura de um imponente
“dragão” para representá-la. E esse dragão, após uma longa e
quase interminável noite de sono, despertou; e despertou disposto a
recuperar o tempo perdido, provocando um autentico terremoto global.
Como metade do mundo e a outra banda sabem, 40/50 anos atrás o que conhecíamos a respeito da China é que se tratava de um país de dimensões continentais e que abrigava a maior população (de “olhos puxados”) do mundo (hoje, algo em torno de 1,4 bilhão de pessoas) e comandada com mão de ferro pelo “revolucionário” Mao Tse Tung.
Eis
que (não mais que de repente), quando resolveu implementar um misto
de “socialismo-capitalista” (pra lá de paradoxal, não ???), a
China explodiu e assustou a humanidade e, dúvidas não tenham, daqui
a pouco assumirá a condição de maior potência do mundo (se já
não o é), deixando para trás Estados Unidos, Japão e outros).
O segredo disso tudo tem a ver com a “mão de obra” sobrando e barata, investimento pesado na educação, e a necessidade premente de se inserir na cadeia produtiva capitalista, objetivando produzir “rendimentos de escala”.
Para os menos íntimos nos fundamentos da ciência econômica, a variável “rendimentos de escala” é a determinação de se produzir priorizando a “quantidade”, de forma que o custo se reduza ao final do processo produtivo, possibilitando uma considerável diminuição no preço final; ou seja, pratica-se propositadamente um preço baixíssimo, aparentemente impossível de ser exercitado, de modo que o produto “rode” bastante (tenha saída), fazendo com que o rendimento obtido na “quantidade vendida” se sobreponha à sua venda em “menor quantidade e por um preço elevado”.
O resultado está aí: em qualquer cidade do mundo, tanto numa visita aos mais sofisticados shopping centers e lojas de departamento, quanto na birosca da esquina de um chinfrim bairro periférico, “batemos de frente” com uma infinidade de produtos “made in China” (o que leva os não conhecedores dos “rendimentos de escala” a se perguntarem: como é que pode, um negócio ser fabricado lá “do outro lado do mundo” e ser vendido aqui por um preço tão baixo; tem produto vendido a R$ 1,99, por incrível que pareça).
Para
tanto, lá atrás a China formou um verdadeiro exército de
executivos de alto nível e os distribuiu mundo afora, com a ingente
missão de “catalogar” quais produtos eram produzidos nas mais
diversas áreas; assim, quer você queira um prosaico cortador de
unhas ou um smartphone top de linha, um alfinete diminuto ou um
computador último tipo, um foguete espacial ou uma simplória
baladeira, de tudo a China produz e exporta em quantidade (alguns, às
vezes de qualidade duvidosa).
Pois foi a partir da visão de estadista do então presidente Lula da Silva que o Brasil literalmente “descobriu” a “comunista” China; primeiramente, ao se “libertar” das garras dos “xerifes do mundo” (norte-americanos, que até então, sob Fernando Henrique Cardoso, mandavam e desmandavam por essas bandas).
Num
segundo momento, sabedor que a China teria uma extraordinária
importância para a arrancada do Brasil rumo à condição de
potência mundial, já que um carente e potencial mercado consumidor
de um portfólio de produtos que tínhamos condições de supri-la
com sobras, despachou uma bem treinada missão diplomática com o
intuito de mostrar tudo isso e estreitar os laços de amizade.
Bingo.
Hoje (pelo menos até recentemente), a China se transformou no
principal IMPORTADOR dos produtos brasileiros (petróleo, produtos
agrícolas, pecuários e por aí vai) e até um Banco de
Desenvolvimento, congregando as principais potências emergentes do
mundo (Brasil, Rússia, Índia, China e Africa do Sul – BRICS) foi
fundado, visando fortalecer e alavancar os interesses recíprocos.
No
momento, lamentavelmente, aconselhado por seus “filhos-numerais”
(01, 02 e 03) o mentecapto (00) que por um aborto da natureza está
Presidente do Brasil, já reatou com os gringos e mostra disposição
de romper de vez com os “comunistas” chineses.
Assim,
depois de uma “construção” tão trabalhosa e difícil comandada
por um estadista, a “desconstrução” vapt-vupt, patrocinada por
uma cambada de “sem noção”.
É
a volta do velho complexo de “vira-lata”.
ResponderExcluirEm nossa postagem anterior, O "DESPERTAR" DO DRAGÃO, um lapso imperdoável, mas que há de ser compreendido por quem se atreve a ler nossos textos: na pressa, usamos a palavra "EXPORTADOR" ao invés de "IMPORTADOR" (vide abaixo o parágrafo já corrigido). Nossas desculpas (tal correção deve-se a um colega da nossa estima, que nos alertou sobre).
**************************************
Bingo. Hoje (pelo menos até recentemente), a China se transformou no principal IMPORTADOR dos produtos brasileiros (petróleo, produtos agrícolas, pecuários e por aí vai) e até um Banco de Desenvolvimento, congregando as principais potências emergentes do mundo (Brasil, Rússia, Índia, China e Africa do Sul – BRICS) foi fundado, visando fortalecer e alavancar os interesses recíprocos.