segunda-feira, 7 de junho de 2021

O "DIN-DIN" FALOU MAIS ALTO - José Nilton Mariano Saraiva

 O “DIN-DIN” FALOU MAIS ALTO – José Nílton Mariano Saraiva

No pre jogo de cartas marcadas, eles até que nos enganaram por um breve e fugaz momento. Afinal, ante a grave crise sanitária que o país atravessa, seria temerário aceitar participar emergencialmente de um torneio futebolístico sem nenhuma expressão (Copa América) em pleno apogeu da pandemia que nos assola, além de se constituir falta de respeito para com o sofrimento do povo e das 470.000 famílias com mortos já contabilizados (atentemos que, antes, a Argentina e a Colômbia se recusaram terminantemente em sediar tal torneio, embora em situação pandêmica menos dramática que a nossa).
Assim, quando um dos “pseudos” líderes dos jogadores (Casemiro, espécie de Dunga II) veio a público informar que o grupo estava “fechado” e determinado a não disputar tal Copa, a empatia foi instantânea; sim (mentalmente deliramos), finalmente entre os jogadores de futebol tínhamos homens de caráter, de personalidade e com vergonha na cara, capazes de se recusar a participar de uma palhaçada bancada pelo governo brasileiro por mero interesse eleitoreiro.
Mas, como o “DIN-DIN” falou mais alto (e disso os jogadores e o governo brasileiro entendem muito bem), viraram a casaca vapt-vupt, sem mais nem menos, esquecendo o que houvera sido dito e, principalmente, o aspecto moral da questão, voltando a ser o que realmente são: uns mercenários desqualificados.
Agora, entrarão em campo antecipadamente desmoralizados pelo ato vil praticado, sem que antes passivamente se subordinem a doutrinação que lhes põem frases prontas e na ponta da língua para justificar que a abrupta mudança de posição se deu... “em nome da pátria” ou com o intuito de... “amenizar o sofrimento do sofrido povo brasileiro”.
Após, independentemente do resultado, voltarão às suas origens (países europeus) com as contas bancárias generosamente abastecidas e, possivelmente com os respectivos passaportes já carimbados rumo à Copa do Mundo de 2022.
Nisso tudo, há algo preocupante: como em tais ambientes os acordos normalmente são firmados no longo prazo, será que contempla o voto em Bolsonaro (deles e da família) na próxima eleição ???
De uma coisa tenhamos certeza: o “DIN-DIN” falou mais alto (são uns mercenários calhordas).
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