quarta-feira, 23 de julho de 2008
O BRILHAR DAS GARRAFAS
É sob esse luar, esta luz de mercúrio que me toca...
É sob a harmonia dos bêbados, das bolas do bilhar, do brilhar das garrafas...
Quer hoje nasce este poema turvo e sujo como o sangue na navalha que fere a carne.
Pois carnes são feridas na guerra, na guerra dos olhares calados, calados pela mordaça do desejo e do freio da timidez.
É sob esse luar, que a sordidez do poeta se mostra e seus desejos mais primevos se desencarceram e sorreiem na noite tresloucados como hienas gargalhando do próprio oportunismo.
É assim que as almas se comportam meus caros poetas! Com a brida da educação sobre os instintos. E eu com a face magra, cercada pelas combracelhas groças e barba rala exponho meus desejos na varanda da alma. Para que a brisa possa escorrer seus dedos sobre eles, na esperança que no chocalhar de dentes eles acertem uma vítima qualquer.
Sobre o o dorso de minha alma não há ninguém a conduzir a brida, e nem de brida precisam meus caros instintos.
Salve Sávio, beleza de poema, entra aí, toma um cafezinho ou uma taça de vinho se quiseres, como diria o poeta Domingos.
ResponderExcluirabraços
É lá, meu caro
ResponderExcluirque se encontra a paz:
no fundo do poço.
Cruza as pernas até
tornar tua rala barba
um tapete persa.
Abraço.
Obrigado Marcos Vinícios. Sempre motivante poder ouvir seus comentários e sobretudo me motiver através, também de suas poesias.Obrigado a você Domingos, que encontrei aqui por meio da poesia como novo amigo.
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