Se tanto, não era quase.
Do quanto precisava, apenas pranto de fome.
Um milharal de bonecas murchas.
Aves de ovos gorados.
Ninhos de tramas municipais.
E na Siqueira Campos?
Vozes catando parcos substantivos,
Numa enxurrada de ruídos adjetivados.
Tantas exclamações, superlativos,
Quadras e rimas abreviadas.
Mas nada de novo sob os céus.
Os mesmos pés em busca.
A mesma bunda que assenta.
Assim penas que não se cumprem,
Como asas que não voam.
Mas o vestido roto é pele.
A mesma desnutrição de herança,
O diploma do semi-analfabetismo escolarizado.
A renda contada em moedas.
As lágrimas que limpam a face.
E na praça da Sé?
Cadeiras ocupadas por cervejas bebendo gente.
Algum barato se mostrando nas hiluxs.
Um capacete trafegando em moto.
E tanta conversa trançando pessoas.
E não falam de política.
Dos nitratos das raízes.
Das almas depenadas,
Dos corpos desalmados,
Nada, não falam nada.
Apenas do adversário de assento,
Não de eleger a realidade, para variar.
A verdade de cada um na pauta.
A prioridade para o escasso.
A adição onde existe menos.
A expiação é jiló, sal amargo.
ResponderExcluirO homem ,em seus lugares torturados ...
O jardim desfolhado; o vestido que já virou trapo ; os olhos perdidos , numa chuva que não passa...O silêncio de quem não sabe pedir ... a fragilidade de quem não pode fazer... e a displicência de quem não enxerga , o tudo a ver.
Tristeza no ar ...Moitas nativas ,rasgadas por um propósido descabido ...
Não magoem com o olhar , o canto que nós amamos...
Sorriso amarelo , do verde que aspiramos. A natureza chora por nós... Vale da madrugada... Nem tudo está perdido !